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Apresentação - BVS Ministério da Saúde

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– 214 –<br />

sos porque muitos pesquisadores estavam trabalhando inconcientemente<br />

com material contaminado e porque a esperança era até certo ponto mais<br />

alta que o são julgamento dos <strong>da</strong>dos experimentais”.<br />

Recor<strong>da</strong>-se a propósito que FRAZER e FLETCHER insistiam na<br />

máxima assepsia para a colheita do material a semear, para evitar a<br />

contaminação, causa que julgaram provável <strong>da</strong>s “contradições e<br />

pleomorfismo, fatos salientes nas recentes publicações sôbre o tema <strong>da</strong><br />

lepra”. De fato, em suas experiências, que consistiram em semeadura em<br />

373 meios diferentes, de material lepromatoso retirado com rigor asséptico,<br />

de 32 doentes, nem uma só vêz conseguiram qualquer<br />

crescimento bacteriano apesar <strong>da</strong> grande quanti<strong>da</strong>de de bacilos de Hansen<br />

existentes nas lesões.<br />

Os resultados hoje obtidos com as cuti-reações com antigenos de<br />

várias dessas culturas provam que nenhum dos germes assim<br />

experimentados era o ver<strong>da</strong>deiro bacilo de Hansen (vide “cuti-reações<br />

c/ácido-resistentes vários” no capítulo “Imunologia ” ) comportando-se<br />

pelo contrário, como os ácido-resistentes seguramente não patogênicos,<br />

cujos aspectos culturais são, de resto, muitas vezes idênticos.<br />

Referiremos na “conclusão” o que se pode pensar dos trabalhos de<br />

SOULE e MC KINLEY.<br />

3.º – As amostras obti<strong>da</strong>s não são culturas do bacilo <strong>da</strong> lepra<br />

mas de bactérias que se associam habitualmente ao bacilo<br />

de Hansen em seu parasitismo humano.<br />

Essa hipótese, muito ousa<strong>da</strong>, exigiria documentação favorável<br />

muito forte, o que está longe de suceder; a grande varie<strong>da</strong>de de bactérias<br />

obti<strong>da</strong>s e, inversamente, a dificul<strong>da</strong>de de qualquer cultura quando se<br />

tomam rigorosas precauções assépticas, parecem poder afastar essa<br />

suposição.<br />

Para TOPLEY & WILSON, G. S. (478) “ é lamentável que grande<br />

número de culturas de várias coleções tenha sido designa<strong>da</strong> como<br />

"Mycobacterium leprae” e que tanto trabalhe e material se tenha perdido<br />

estu<strong>da</strong>ndo as proprie<strong>da</strong>des dêsses assim chamados bacilos <strong>da</strong> lepra;<br />

muitas <strong>da</strong>s amostras são, sem dúvi<strong>da</strong>, de ácido-resistentes saprófitos e sua<br />

designação falsa só pode trazer confusões à literatura”.

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