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Apresentação - BVS Ministério da Saúde

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– 316 –<br />

Assinalemos, de passagem, que RAVOGLI <strong>da</strong>va tanta<br />

importância à contaminação dos alimentos, que “atribuia o fato<br />

dos sol<strong>da</strong>dos norte-americanos <strong>da</strong>s Filipinas ficarem isentos de<br />

lepra, à circunstância de prepararem êles mesmos os seus<br />

alimentos ” .<br />

Se a penetração dos bacilos <strong>da</strong> lepra pode efetuar-se pela mucosa<br />

intestinal, os achados necroscópicos permitem supôr que isso seria pouco<br />

freqüente. Ain<strong>da</strong>, de acôrdo com os exames de KOBAYASHI, os bacilos<br />

foram encontrados nos gânglios mesentéricos em 15 % dos casos (em<br />

76,7 % nos axilares, 75 % nos epitrocleanos, 71,7 % nos crurais, 70 %<br />

nos inguinais e cervicais e 13,3 % nos tráqueo-brônquicos). Êsses <strong>da</strong>dos<br />

permitem deduzir, como RABELO JR.<br />

(366) o fêz, que as vias aérea e<br />

digestiva pouco ou na<strong>da</strong> representam para as primeiras inoculações com<br />

bacilos <strong>da</strong> lepra. Acresce ain<strong>da</strong> que as lesões lepróticas nos intestinos são<br />

muito raras e tardias, no parecer unânime dos leprólogos, não nos sendo<br />

possível evidenciá-las em raros doentes lepromatosos que necropsiámos,<br />

por falecerem com distúrbios intestinais.<br />

Naturalmente, se um foco primário não foi ain<strong>da</strong> demonstrado<br />

seguramente na lepra, muito menos se pretenderá evidenciá-lo no<br />

intestino ou nos pulmões. E’ sabido, como dissemos, que a lepra muito<br />

raramente os compromete. Isso torna mais provável o fato de penetrarem<br />

os bacilos especialmente através <strong>da</strong> pele e <strong>da</strong> mucosa nasal, onde as<br />

lesões lepróticas são mais freqüentes e onde, também, surgiriam as<br />

manifestações iniciais <strong>da</strong> moléstia.<br />

PENETRAÇÃO DOS BACILOS ATRAVÉS DA<br />

MUCOSA OCULAR<br />

De acôrdo com ASKANAZY, “os microorganismos (*) podem<br />

colonizar e determinar uma ação patogênica ao nível <strong>da</strong> conjuntiva e <strong>da</strong><br />

córnea. Também aqui se produzem fácilmente lesões do epitélio de<br />

revestimento, que não são sempre necessárias para que sobrevenha a<br />

infecção”.<br />

Releva notar que MARCHOUX, CHORINE e KOECKLIN (286)<br />

conseguiram infectar ratos experimentalmente, depositando na conjuntiva<br />

apenas uma gôta de emulsão rica de bacilos de Stefansky. SAKURAI, (410)<br />

colocando emulsão de lepromas<br />

__________________<br />

(*) Refere-se aos microorganismos de modo geral e não especifica<strong>da</strong>mente<br />

ao bacilo de Hansen.

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