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Apresentação - BVS Ministério da Saúde

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– 37 –<br />

a “feitura de uma casa onde se tratassem os leprosos do Silves no Baixo<br />

Amazonas”. (9)<br />

Segundo Souza Araujo (9) quando A. <strong>da</strong> Matta, em 1889 chegou ao<br />

Amazonas para clinicar, a lepra era relativamente rara, e dez anos depois<br />

começou a aumentar, tornando-se ca<strong>da</strong> vez mais freqüente. Êste<br />

facultativo recenseou em parte do Estado, mais tarde de 1922 a 1933,<br />

1.436 leprosos. Os focos principais no Amazonas em 1922 eram segundo<br />

Samuel Uchôa, citado por Souza Araujo: Manáus, Manacapurú, Fonte-<br />

Boa, Humaitá, Manicoré, S. Felipe, Coarí, Labréa, Tefé, Antimari,<br />

Co<strong>da</strong>jás e S. Gabriel. (9)<br />

Em 1936 (15-9-36) Carvalho Leal, Diretor <strong>da</strong> <strong>Saúde</strong> Pública<br />

informou a Souza Araujo, que calculava o número de doentes em 5.000<br />

dos quais eram 1.486 fichados e 500 isolados. (19)<br />

Souza Araujo (19) opina que o total dos doentes de lepra nêsse<br />

Estado, seria em 1936 apenas o dôbro dos até então recenseados, isto é, de<br />

2.972, (visto o recenseamento contar 14 anos) e estimou o total de<br />

leprosos para o Amazonas em 3.000.<br />

Para uma população de 483.256 habitantes (1935) o Amazonas<br />

teria o índice de 6,20 por mil, segundo Souza Araujo (24) o mais alto do<br />

Brasil, e muito mais alto que do chamado fóco do sul, cujo índice <strong>da</strong>do<br />

por êsse autor é de 1,62 para o Estado de Minas Gerais, e que segundo<br />

Orestes Diniz é de 1,12 por mil.<br />

3. PARÁ: – Desde o início do século XIX, a lepra já era<br />

endêmica no Pará (Artur Viana, citado por Souza Araujo) (19) . Fôra<br />

importa<strong>da</strong> pelo regimento português “ditto do Extremôr”, segundo revela<br />

uma <strong>da</strong>s cartas endereça<strong>da</strong>s pelo Conde dos Arcos ao Governador de<br />

Portugal (citação de Aguiar Pupo). (25)<br />

Segundo um médico, que prestara informações a Magalhães (7) por<br />

volta de 1882, a lepra se tornara então mais freqüente que há cinquenta<br />

anos atrás, havendo o maior número de doentes na Capital, Santarem,<br />

óbidos, Cametá, Vigia, na vasta bacia do maior rio do mundo. Era rara,<br />

entretanto, nos pequenos povoados e na ci<strong>da</strong>de, enquanto que nas<br />

malocas, no mato e nas selvas, era totalmente desconheci<strong>da</strong>.<br />

Por volta de 1890, Nina Rodrigues, citado por Souza Araujo (19) ,<br />

considerava o Pará o maior fóco, em ativi<strong>da</strong>de, no Norte.<br />

Souza Araujo (19) , recenseando com rigor os leprosos do Pará<br />

(1920-1921), fichou, em quase um ano e meio 1.354

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