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Apresentação - BVS Ministério da Saúde

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– 31 –<br />

1.º) Ao grande contingente do elemento africano e mestiço que<br />

nos fins do século XVIII, representava pouco menos <strong>da</strong> metade <strong>da</strong><br />

população brasileira. (1)<br />

2.º) A exposição ao público mais freqüente de negros, ou<br />

mestiços leprosos <strong>da</strong><strong>da</strong> a humilde condição social e econômica, que os<br />

obrigava, uma vez doentes, a esmolar e a se recolherem nos asilos<br />

existentes.<br />

7. Tem-se considerado o elemento europeu como uma <strong>da</strong>s causas<br />

de aumento <strong>da</strong> incidência <strong>da</strong> lepra no país. Em S. Paulo, por exemplo,<br />

para onde se encaminhou a imigração em maior escala, e onde são<br />

freqüentes os casos de italianos, e seus descendentes leprosos, conjeturouse<br />

ser êste elemento muito propenso a contrair a morféa.<br />

O mesmo aconteceu com os alemães que imigraram em época<br />

anterior. J. Maria Gomes (1) , observando a alta incidência <strong>da</strong> lepra nos<br />

municípios de Guarei, Angatuba e Tatuí, diz que é devi<strong>da</strong> a colonos<br />

alemães. Chegados ao Brasil em 1824, contrairam a lepra nos antigos<br />

focos de Limeira e Piracicaba. Êstes mesmos colonos fun<strong>da</strong>ram em 1846<br />

o povoado de Guarei, para onde certamente levaram o mal.<br />

Diz J. M. Gomes: “Nestes colonos prussianos, provindos de um<br />

país sem lepra, o contacto com os nativos foi-lhes nefasto. Infectados,<br />

desenvolveram formas graves e contaminantes que a escassez de meios de<br />

comunicação isolou naquele município, e os limítrofes vieram a sofrer por<br />

causa do intercâmbio comercial, a propagação <strong>da</strong> moléstia”.<br />

Para Santa Catarina e Rio Grande do Sul, imigraram em número<br />

considerável ilhéus e canários, provindos de focos intensamente<br />

flagelados pelo mal lazarino e von Bassewitz (12) acha que nos assiste o<br />

direito de presumir nova importação <strong>da</strong> lepra por seu intermédio.<br />

Souza Araújo (18) , observou que no Paraná, a percentagem dos<br />

colonos poloneses, alemães e austríacos doentes era assombrosa. Em uma<br />

ci<strong>da</strong>de, de 10 leprosos, 2 apenas eram nacionais.<br />

Von Bassewitz (12) no Rio Grande do Sul, considera que os alemães<br />

vindos de seu país natal, indene de lepra, não deviam ser incriminados<br />

como introdutores <strong>da</strong> moléstia no Brasil, pois que alemães genuinos e<br />

seus descendentes, vindos de Santa Catarina e Paraná apresentavam a<br />

lepra em proporções assustadoras.<br />

Êste autor acha que <strong>da</strong> Itália devem ter vindo alguns casos, pois<br />

vira três <strong>da</strong>s regiões do Sul: Calábria e Sicília.

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