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Apresentação - BVS Ministério da Saúde

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– 191 –<br />

autores a considerar o bacilo de Hansen mais como um agente de<br />

crescimento local, produzindo destruição celular mecanicamente e<br />

tumores de ação compressiva, que pròpriamente um bacilo eliminador de<br />

substâncias tóxicas de ação geral.<br />

Há porém argumentos favoráveis à existência de um produto ativo<br />

eliminado pela bactéria, tais como os casos de reação leprótica, e os<br />

fenômenos inflamatórios agudos, às vêzes presentes, principalmente nos<br />

nervos de certos doentes com estado geral muito comprometido; êsses<br />

fatos fazem alguns autores como HOFFMANN e BOEZ (189) ,ROGERS e<br />

MUIR (387) , e JADASSOHN, supor que haja substâncias elimina<strong>da</strong>s pelo<br />

bacilo de Hansen, que possam ter ação à distância num terreno<br />

prèviamente sensibilizado. Tratar-se-ia pois, mais pròpriamente de<br />

substâncias “alergênicas” produzindo fenômenos reativos gerais e locais à<br />

sua libertação.<br />

A injeção de certas substâncias, como a tuberculina pode<br />

determinar reações idênticas, o que é um argumento favorável a essa<br />

hipótese; a mais interessante de tô<strong>da</strong>s as pesquisas modernas é, porém, a<br />

reprodução artificial de fenômenos reativos agudos, idênticos aos<br />

espontâneos, nos casos de lepra tuberculóide, por injeções de material<br />

lepromatoso rico de bacilos, ou de seu filtrado abacilar (vide “Imunologia<br />

e Alergia”).<br />

QUÍMICA DO “MYCOBACTERIUM LEPRAE”<br />

Na impossibili<strong>da</strong>de atual de obter culturas incontesta<strong>da</strong>s do bacilo<br />

de Hansen, o estudo <strong>da</strong> composição química do germe poderá, ser feito<br />

apenas com resultados aproximados, tomando-se como material de<br />

trabalho os lepromas, ricos de bacilos, as diversas culturas de ácidoresistentes<br />

isolados de casos de lepra, os ácidos-resistentes saprófitas e<br />

patogênicos, como o de Koch.<br />

Outra dificul<strong>da</strong>de dêsse estudo é o fato assinalado <strong>da</strong>s variações<br />

morfológicas do germe, talvez como fases de um ciclo evolutivo,<br />

variações essas que são provàvelmente acompanha<strong>da</strong>s de modificações <strong>da</strong><br />

estrutura química correspondente.<br />

Já em 1896 chegava UNNA à conclusão que os germes <strong>da</strong> lepra e<br />

<strong>da</strong> tuberculose se assemelham quanto ao seu conteúdo em substâncias<br />

graxas, assim se distinguindo <strong>da</strong> maior parte dos outros microorganismos,<br />

e do que dependia a sua ácido-resistência particular. Também de<br />

organismos ácido-resistentes obtidos por semeadura de material<br />

lepromatoso

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