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Apresentação - BVS Ministério da Saúde

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– 261 –<br />

CONDIÇÕES REFERENTES AOS BACILOS ELIMINADOS<br />

Não nos deteremos em considerar em minúcias o estudo do “M.<br />

leprae”, que foi objeto de comentários na primeira parte dêste trabalho.<br />

Assinalaremos apenas que existem casos nos quais é possível admitir-se o<br />

aumento <strong>da</strong> virulência dos bacilos de Hansen. No trabalho de SAMPAIO<br />

(415)<br />

,ao qual emprestámos nossa orientação e colaboração, foi assinala<strong>da</strong> a<br />

interessante observação que fizemos, na qual a propagação <strong>da</strong> lepra em<br />

um grupo de famílias foi muito grande, permitindo supôr um aumento de<br />

virulência dos germes infectantes, pelas passagens sucessivas em<br />

indivíduos em que o “terreno” era particularmente favorável ao<br />

desenvolvimento do bacilo.<br />

Antônio B. foi o primeiro doente na família, em que não se<br />

registrara anteriormente caso algum de lepra. Antônio convivia<br />

com um estranho que era doente de lepra, não observando nenhum<br />

preceito profilático. Outros três irmãos em convívio com a mesma<br />

pessoa, agiam <strong>da</strong> mesma maneira. Manifestou-se então a moléstia,<br />

primeiramente em Antônio B., adoecendo depois seus irmãos Ema,<br />

João e Lin<strong>da</strong>. Três filhos de Antônio B. (Geraldo, Dulcelino e<br />

Ana), tornaram-se doentes mais tarde.<br />

Jácomo G., casado com Lin<strong>da</strong> B., e também em contacto<br />

com seus cunhados doentes, apresentou os primeiros sinais <strong>da</strong><br />

moléstia após 8 anos de convivência. Nenhum de seus ascendentes<br />

era portador de lepra.<br />

Uma <strong>da</strong>s irmãs dos B., porém sã, era casa<strong>da</strong> com Luiz Z„<br />

em cuja família não havia doentes anteriormente. Luiz, assim<br />

como os seus nove filhos mantiveram regular contacto com os B.;<br />

o resultado é que um dos filhos de Luiz enfermava; em segui<strong>da</strong> êle<br />

mesmo tornou-se doente, e posteriormente mais seis de seus filhos.<br />

Portanto, até a época presente, ficaram livres <strong>da</strong> enfermi<strong>da</strong>de<br />

apenas dois dos seus filhos.<br />

Pelo exame dessa observação vê-se que três familias tendo certas<br />

relações entre si, foram vítimas do contágio, ficando doentes dezesseis<br />

pessoas.<br />

A verificação que fizemos permite supôr que o bacilo de Hansen<br />

tenha adquirido uma virulência muito maior, porque é sabido que os<br />

germes, em geral, têm a sua viru-

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