14.04.2013 Views

Apresentação - BVS Ministério da Saúde

Apresentação - BVS Ministério da Saúde

Apresentação - BVS Ministério da Saúde

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

– 200 –<br />

de lesões cutâneas, ulcera<strong>da</strong>s ou não. Os seus difteróides se<br />

caracterizavam pelo tamanho, grande pleomorfismo, aspecto <strong>da</strong>s colônias<br />

e reações de fermentação, mas o próprio autor mais tarde admitiu que se<br />

tratava provávelmente de uma forma cultural do M. smegmatis, e que<br />

vários difteróides descritos podem ser assimilados e <strong>da</strong>r origem a bacilos<br />

ácido-resistentes cromogênicos, como veremos adiante.<br />

Cromogênicos<br />

Em 1904, ROST (394) dizia ter conseguido a proliferação do bacilo<br />

<strong>da</strong> lepra em caldo de carne privado de cloretos e outros sais, também em<br />

caldo dializado, onde produzia colônia filamentosa branca ou levemente<br />

amarela<strong>da</strong>, mais intensamente amarela nos meios sólidos sem sais. Foi<br />

com essas culturas que ROST preparou a sua famosa “leprolina”, cujo uso<br />

foi ensaiado e desprezado no tratamento e diagnóstico <strong>da</strong> lepra. Os<br />

organismos eram ramificados e ácido-resistentes, mas não eram<br />

patogênicos para os animais de laboratório. TURNER (479) empregando os<br />

métodos de ROST , não conseguiu reproduzir seus resultados e acredita que<br />

os bacilos cultivados por êste não fossem os <strong>da</strong> lepra, o que era aliás a<br />

impressão dominante na época. Mais tarde, obteve ROST outras culturas<br />

pigmenta<strong>da</strong>s por semeaduras de material leproso em caldo de carne<br />

peptonado sem sal, contendo leite e produtos voláteis de decomposição do<br />

peixe.<br />

CLEGG, (103) em 1909, nas Filipinas, propôs a hipótese de que os<br />

bacilos de Hansen nas lesões se sustentam principalmente à custa dos<br />

produtos metabólicos <strong>da</strong>s células dos tecidos, e que as amebas seriam<br />

bôas produtoras de tais substâncias. Em placas de Petri contendo meio de<br />

cultura sôbre que se desenvolviam amebas, em simbiose com o vibrião<br />

colérico ou bacilo do tifo, CLEGG juntava uma emulsão de baço leproso<br />

rico de bacilos de Hansen; pôde ele observar o desenvolvimento de<br />

bacilos ácido-resistentes em subculturas, mais curtos e espessos que os de<br />

Hansen, o que se poderia atribuir ao meio artificial em que viviam. Êsses<br />

bacilos ácido-resistentes podiam ser isolados e eliminados pelo calor a<br />

60° C durante 30’, as amebas e os bacilos simbióticos, após o que aqueles<br />

cresciam facilmente em meios comuns de laboratório, produzindo lesões<br />

nos cobáios, semelhantes à <strong>da</strong> lepra humana. As culturas em agarglicerinado<br />

apresentavam coloração amarela<strong>da</strong> <strong>da</strong>s tonali<strong>da</strong>de ouro e<br />

laranja.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!