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Apresentação - BVS Ministério da Saúde

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– 262 –<br />

lência exalta<strong>da</strong> quando passam por organismos receptivos. Aliás também<br />

na lepra já foi admitido por HANSEN eLOOFT, que a virulência não é<br />

absolutamente constante mas está na dependência do terreno, sendo<br />

função dêste. Outrossim, NEISSER admite que a virulência aumenta por<br />

passagem de homem para homem.<br />

MANALANG julga que o bacilo de Hansen pode transmitir a lepra<br />

independentemente do seu estado de ácido-resistência. “Provàvelmente<br />

um virus, a fase não ácido-resistente do M. leprae, seria responsável pela<br />

evolução <strong>da</strong>s lesões iniciais anestésicas <strong>da</strong> pele (bacteriològicamente<br />

negativas e patològicamente infiltração perivascular) para a lepra<br />

bacteriològicamente positiva o que tornava o leproso negativo tão<br />

importante quanto o positivo na sua capaci<strong>da</strong>de de transmitir a moléstia<br />

ao indivíduo receptivo”. Adotando-se como certa a afirmação de<br />

MANALANG (275/276) , seríamos obrigados a internar também os casos tidos<br />

até aqui como bacteriològicamente negativos e não sòmente os positivos<br />

ao exame bacterioscópico habitual.<br />

Muitas discussões suscitou essa teoria, pela autori<strong>da</strong>de de quem a<br />

apresentou e pela sua eventual importância no campo <strong>da</strong> profilaxia.<br />

Vimos no estudo do “M. leprae” que RODRIGUEZ, MALABAY e<br />

TOLENTINO são favoráveis à ação dessas formas ácido-sensíveis.<br />

Christian (100) , baseado em <strong>da</strong>dos estatísticos, escreve que, “os<br />

pacientes negativos não transmitem a moléstia, enquanto os positivos<br />

transmitem-na a mais de 90% <strong>da</strong>s crianças”. Êstes achados estão em<br />

desacôrdo com a opinião de MANALANG, e apoiam o ponto de vista de<br />

que o bacilo ácido-resistente é a forma do agente etiológico <strong>da</strong> lepra e de<br />

que os casos de lepra que não eliminam bacilos (casos “fechados”) não<br />

constituem fontes de infecção.<br />

Também ROGERS afirma que a grande maioria dos casos de lepra<br />

nervosa não tem poder contagiante, baseando-se na seguinte estatística:<br />

113 casos de lepra originaram-se <strong>da</strong> forma nodular em 94,7% dos casos e<br />

<strong>da</strong> forma nervosa em 5,3% dos casos.<br />

A nossa opinião é concorde com a dêsses autores. Temos<br />

observado que as contaminações têm se <strong>da</strong>do nos indivíduos que<br />

convivem com os doentes eliminadores de bacilo; se há infecciosi<strong>da</strong>de<br />

por parte dos casos não bacilíferos, não temos elementos para afirmar.<br />

Parece-nos que se as formas filtráveis ou ácido-sensíveis determinam a<br />

moléstia, isso ocor-

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