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Apresentação - BVS Ministério da Saúde

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– 309 –<br />

de sinais lepróticos depois <strong>da</strong> vacina em Hawaii e em outros lugares, teria<br />

sido devido mais às reações semelhantes ocorri<strong>da</strong>s em casos precoces e<br />

ignorados, do que pròpriamente a infecções mais recentes, leva<strong>da</strong>s através<br />

<strong>da</strong> vacina de pessoas sãs por material provindo de leprosos”.<br />

Portanto, se existem argumentos que podem <strong>da</strong>r importância à<br />

vacinação, outros se lhe contrapõem para diminuí-la. Parece-nos porém<br />

admissível que na vacinação braço a braço possa efetuar-se o transporte<br />

de bacilos do indivíduo doente para o sadio e que, em determinados casos,<br />

quando as condições do organismo receptor sejam favoráveis, a infecção<br />

possa desenvolver-se.<br />

PENETRAÇÃO DOS BACILOS ATRAVÉS DA MUCOSA NASAL<br />

Data de muito tempo a hipótese de que os bacilos <strong>da</strong> lepra podem<br />

alcançar o organismo humano através <strong>da</strong> mucosa nasal, depois do que se<br />

difundiriam para o interior do mesmo, vindo a determinar a infecção,<br />

quando as condições do indivíduo receptor fossem favoráveis.<br />

MANGOR acentuava, já em 1793: a lepra começa com<br />

coriza e obstrução nasal.<br />

Em 1886, LELOIR chamou a atenção para êste assunto,<br />

tendo escrito que “as mucosas do nariz, <strong>da</strong> bôca, <strong>da</strong> garganta, <strong>da</strong><br />

laringe e do olho, – sobretudo a do nariz – podem ser invadi<strong>da</strong>s<br />

desde o início <strong>da</strong> erupção tuberosa <strong>da</strong> pele”.<br />

Em 1891 e 1894, assinalara GOLDSCHMIDT que a mucosa<br />

nasal apresenta modificações específicas na maioria dos casos<br />

incipientes; esse fato levou-o à convicção de “...que a mucosa<br />

nasal em muitos casos é ti<strong>da</strong> como porta de entra<strong>da</strong> para a infecção<br />

leprosa, por ser fàcilmente vulnerável e oferecer aos bacilos livre<br />

acesso...”<br />

Cabe a JEANSELME e LAURENS (206) externar opinião ain<strong>da</strong><br />

mais precisa sôbre o assunto, que começa a atrair, de maneira<br />

absorvente, a atenção dos autores: “...Esta precoci<strong>da</strong>de <strong>da</strong> rinite<br />

leprosa leva-nos a pensar que o bacilo de Hansen penetra no<br />

organismo à custa de uma erosão insignificante <strong>da</strong> pituitária.<br />

Assim se explicaria como o cancro leproso, dissimulado nas<br />

anfratuosi<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s fossas nasais, passa sempre despercebido. Mas<br />

esta hipótese, plausível em certos casos, não deve ser generaliza<strong>da</strong><br />

a todos, porque em alguns indivíduos o coriza

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