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Apresentação - BVS Ministério da Saúde

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contigui<strong>da</strong>de, como ocorre, por exemplo, com uma lesão cutânea que se<br />

estendendo em sentido periférico pode invadir as regiões vizinhas.<br />

Lembrámos que é dêsse modo que os filetes nervosos costumam ser<br />

comprometidos pelo processo leprótico, que, mais raramente, pode<br />

determinar a nevrite por via hematogênica. Também nos olhos são<br />

evidentes os processos de extensão por contigui<strong>da</strong>de, como nas<br />

infiltrações esclerais que invadem a córnea.<br />

Assinalámos, ain<strong>da</strong>, que JADASSOHN julga ser “quase impossível<br />

decidir-se até que ponto se pode apelar para as auto-inoculações<br />

(GOODHUE, HEGGS)”. Estas produzir-se-iam quando, pela existência de<br />

focos bacilíferos na pele, vem a <strong>da</strong>r-se a contaminação <strong>da</strong> roupa de uso do<br />

doente, a qual poderia veicular passivamente os bacilos para outros<br />

pontos do seu tegumento, onde se inoculariam pela eventual existência de<br />

solução de continui<strong>da</strong>de <strong>da</strong> pele (provoca<strong>da</strong>s, por ex., pela coçagem em<br />

pica<strong>da</strong>s de insetos). Mesmo as unhas estando carrega<strong>da</strong>s de bacilos,<br />

poderiam realizar a inoculação. Ajunta JADASSOHN que “a experiência<br />

com a lues (super-infecções, pápulas de decalque) e com a tuberculose<br />

(auto-inoculação dos tísicos etc.) deixam transparecer a verossimilhança<br />

de tais processos”.<br />

É, pois, razoavel admitir-se a superinfecção autógena na lepra, a<br />

qual porém teria importância secun<strong>da</strong>ria, uma vêz que a generalização <strong>da</strong><br />

moléstia se realiza principalmente pela via sanguínea, e também pela<br />

linfática e por contigui<strong>da</strong>de, esta última muito importante para explicar o<br />

comprometimento dos nervos e dos olhos.<br />

LOCALIZAÇÃO DOS BACILOS E DAS LESÕES<br />

Graças aos diferentes mecanismos acima estu<strong>da</strong>dos, os bacilos<br />

podem ser disseminados por todo o organismo. No entanto, êle não se<br />

desenvolve em qualquer tecido e sim tem preferência para alguns dêles.<br />

Destaca-se a espécie de tropismo que o “M. leprae” tem pela pele, nervos<br />

e sistema ganglionar, os quais são habitualmente invadidos nos vários<br />

tipos de moléstia, vindo a reagir com os infiltrados (inflamatório simples,<br />

lepromatoso e tuberculóide) que são peculiares às respectivas formas de<br />

lepra. Nos doente lepromatosos, as lesões lepróticas muito<br />

freqüentemente se desenvolvem em outras estruturas: mucosas (de modo<br />

especial a nasal, mas também a bucal e a laringiana), testículos, fígado,<br />

baço e medula óssea. Nos doentes neurais alguns autores<br />

F. – 22

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