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Apresentação - BVS Ministério da Saúde

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– 235 –<br />

ração pelo ácido sulfúrico a 5% e álcool a 90%. MARCHOUX e SOREL<br />

crêm mesmo que êle seja mais resistente à descoloração que o de Hansen,<br />

pois não cede fàcilmente a fucsina ao ácido nítrico a 10%, ao ácido<br />

sulfúrico a 25% e ao ácido cloridrico a 3% em álcool.<br />

Observa-se freqüentemente a existência de granulações, que<br />

podem conferir ao germe o aspecto “coccothrix” descrito a propósito <strong>da</strong><br />

lepra humana. Como nesta, é ain<strong>da</strong> muito discuti<strong>da</strong> a natureza dessas<br />

granulações, pensando alguns autores que sejam índice de degeneração do<br />

bacilo e outros que se trate de formas de resistência ou regenerativas,<br />

virulentas.<br />

As características morfológicas e tintoriais aproximamno bastante<br />

do bacilo de Hansen enquanto que o distinguem, segundo<br />

RABINOWITSCH, de todos os outros ácido-resistentes.<br />

Embora MARCHOUX e SOREL tenham afirmado anteriormente não<br />

haver formações de globias, não é essa a opinião aceita hoje. O bacilo de<br />

Stefansky produz essas colônias globosas, às vêzes mais níti<strong>da</strong>s e maiores<br />

que as observa<strong>da</strong>s na lepra humana, bem estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s por SOUZA ARAUJO<br />

(451) (124)<br />

; DENNEY e EDDY puderam mesmo observar a sua formação “in<br />

vitro”.<br />

BIOLOGIA<br />

Ao estu<strong>da</strong>rmos a biologia do bacilo de Hansen, assinalamos a<br />

grande dificul<strong>da</strong>de que se antepõe ao pesquisador que procura verificar a<br />

vitali<strong>da</strong>de do germe, em virtude <strong>da</strong> ausência de um meio seguro de<br />

comprovação do estado vital do mesmo, já que é impossível sua cultura<br />

prática e sua inoculação, não se podendo confiar nos processos tintoriais<br />

propostos para distinguir os bacilos mortos dos vivos.<br />

Essa dificul<strong>da</strong>de é parcialmente resolvi<strong>da</strong> com o M. leprae muris,<br />

cuja transmissão experimental é possível, permitindo assim o estudo dos<br />

mais variados agentes e condições que possam influenciar êsse caráter.<br />

Esta é, aliás, uma <strong>da</strong>s partes do estudo <strong>da</strong> lepra murina que maior atenção<br />

merecem do leprólogo, em vista <strong>da</strong>s aplicações que possam vir a ter no<br />

terreno <strong>da</strong> lepra humana.<br />

MARCHOUX e SOREL notam que os bacilos dessicados sôbre ácido<br />

sulfúrico perdiam a capaci<strong>da</strong>de de infectar, parecendo ter perdido a<br />

vitali<strong>da</strong>de; o mesmo verificaram após a ação <strong>da</strong> temperatura de 60° C.<br />

durante 15 minutos, embora resistissem êles à mesma temperatura por 5<br />

minutos apenas.

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