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DA EVISTA CADEMIA INEIRA ETRAS - Academia Mineira de Letras

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124 _______________________________________________ R<strong>EVISTA</strong> <strong>DA</strong> A<strong>CADEMIA</strong> M<strong>INEIRA</strong> DE L<strong>ETRAS</strong><br />

temas da pesquisa antropológica, cujo material po<strong>de</strong> ser obtido por meio<br />

do estudo das socieda<strong>de</strong>s existentes.” (17) Na introdução do livro<br />

Padrões <strong>de</strong> cultura, <strong>de</strong> Ruth Benedict, Franz Boas observou: “O<br />

ocuparmo-nos <strong>de</strong> culturas vivas criou um mais forte interesse pela<br />

totalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada cultura. Sente-se cada vez mais que quase nenhuma<br />

feição cultural é compreensível quando separada do conjunto <strong>de</strong> que faz<br />

parte.” (18)<br />

Debruçando-se sobre “culturas vivas”, a pesquisa <strong>de</strong> campo revelou<br />

a importância da totalida<strong>de</strong> para os estudos antropológicos contrapondose<br />

às investigações dos “antropólogos <strong>de</strong> gabinete”. Juntamente com<br />

Malinowski, Boas introduziu uma verda<strong>de</strong>ira revolução no pensamento<br />

antropológico.<br />

A prática<br />

Nos momentos cruciais da história da humanida<strong>de</strong>, Franz Boas<br />

posicionou-se claramente contra os regimes totalitários. Vejamos, a<br />

seguir, um texto <strong>de</strong> Kardiner e Preble sobre sua oposição ao Nazismo:<br />

Com o advento do racismo sob o domínio dos nazistas, antes<br />

da Segunda Guerra Mundial, foi um dos primeiros a assumir<br />

vigorosa posição pública contra Hitler. Já, então, em ida<strong>de</strong><br />

avançada, combateu a Alemanha <strong>de</strong> Hitler com todas as<br />

forças do seu gran<strong>de</strong> saber, da sua reputação e da sua<br />

personalida<strong>de</strong>. (19)<br />

Seu pensamento incomodava os <strong>de</strong>tentores do po<strong>de</strong>r discricionário.<br />

É importante citar Celso Castro na apresentação do livro Antropologia<br />

Cultural, <strong>de</strong> Franz Boas: “Quando, em 1938, a universida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Hei<strong>de</strong>lberg foi invadida pelas SS nazistas, seus livros estavam entre os<br />

que foram queimados.” (20) Ainda segundo o mesmo autor, “(Boas) foi<br />

um dos fundadores, em 1939, do American Committee for Democracy<br />

and Intellectual Freedom, criado em uma época <strong>de</strong> intensa ‘caça às<br />

bruxas’ dos dois lados do Atlântico.” (21) Vale mencionar o<br />

Revista Volume LI.p65 124<br />

12/5/2009, 15:29

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