DA EVISTA CADEMIA INEIRA ETRAS - Academia Mineira de Letras

SACERDOTE E ESCRITOR
Oiliam José*
Dificilmente, conseguimos pensar, com a devida segurança, e com
antecedência, o modo que marcará nosso encontro com a morte.
É verdade que o Senhor transmitiu, em formal trecho do Evangelho
do apóstolo Mateus (24,36), quando Jesus Cristo nos garantiu, em relação
ao fim do mundo: “Quanto àquele dia e hora, ninguém sabe nada, nem
sequer os anjos dos céus, mas somente o Pai.” E nós somos alcançados
por esta advertência. Mas, geralmente não sabemos, também, sequer o
modo e o dia de nossa morte. Contudo, em casos especiais, Deus nos
concede exceções a essa regra.
Elas alcançam criaturas privilegiadas, que recebem de Deus a graça
de formular, bem antes, a maneira como deixarão as paragens terrenas,
para o glorioso encontro com o Redentor. São almas a quem Deus
distingue, privilegiadamente, com essa antevisão, que, aos maus
entristece, e, aos bons e santos, consola. Realmente, estes últimos, que
poderão ser últimos na terra, serão primeiros na eternidade.
Entre estes privilegiados, ouso, merecidamente, colocar o virtuoso,
culto, zeloso missionário claretiano, que viveu ente 1934 e 2008, Padre
João Batista Megale. Ele, sem ter sido último, partiu para o universo
celeste aos primeiros minutos de 8 de setembro de 2008, justamente na
Festa da Natividade de Nossa Senhora, a quem amou de modo especial e
cujo culto de hiperdulia viveu com milhares de seus assistidos, em
modelar sacerdócio, desde a ordenação em 11 de junho de 1960.
* Professor, historiador, escritor, ocupa a cadeira nº 30 da Academia Mineira de Letras.
Revista Volume LI.p65 65
12/5/2009, 15:29