DA EVISTA CADEMIA INEIRA ETRAS - Academia Mineira de Letras
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174 _______________________________________________ R<strong>EVISTA</strong> <strong>DA</strong> A<strong>CADEMIA</strong> M<strong>INEIRA</strong> DE L<strong>ETRAS</strong><br />
Vós, parlamentares <strong>de</strong> Minas e mineiros <strong>de</strong> todos os matizes, sois<br />
fiéis intérpretes <strong>de</strong>stas Minas que Guimarães Rosa <strong>de</strong>screveu com<br />
inigualável talento.<br />
Vós, mineiros e brasileiros agraciados <strong>de</strong> hoje, estais recebendo<br />
uma láurea profundamente vinculada a tudo que diz respeito a Minas,<br />
sempre voltada para o eterno e o permanente, eternida<strong>de</strong> que a faz<br />
contemporânea <strong>de</strong> todos os tempos.<br />
O parlamento mineiro se inclui entre aquilo que Minas tem <strong>de</strong> mais<br />
nobre e altruísta em sua formação liberal e <strong>de</strong>mocrática.<br />
Ele contribui para o <strong>de</strong>bate franco e aberto <strong>de</strong> todos os problemas<br />
do conturbado momento por que passa a socieda<strong>de</strong>, busca soluções<br />
enfrentando <strong>de</strong>safios que põem permanentemente à prova nossa<br />
capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> luta e abnegação.<br />
A inspirada e feliz <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> homenagear Guimarães Rosa neste<br />
dia em que mineiros e brasileiros das mais diversas procedências são<br />
galardoados com um título <strong>de</strong> honra e mérito, põe em relevo novamente<br />
as inspirações que <strong>de</strong>vem estar sempre presentes em tudo o quanto<br />
fizer<strong>de</strong>s em favor do povo.<br />
Senhor Presi<strong>de</strong>nte,<br />
Tal como Rosa <strong>de</strong>finiu na imortal sentença <strong>de</strong> sua lavra que “as<br />
pessoas não morrem, ficam encantadas”, a morte <strong>de</strong> João Guimarães<br />
Rosa, cujo centenário <strong>de</strong> nascimento comemoramos, serviu para mostrar<br />
que “a gente morre para provar que viveu”, ele, especialmente, que<br />
<strong>de</strong>ixou na vida mineira este admirável po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong>, prisioneiro<br />
da terra, persistindo com tenacida<strong>de</strong> e paciência em busca <strong>de</strong> seu glorioso<br />
<strong>de</strong>stino.<br />
Quero concluir estas brevíssimas consi<strong>de</strong>rações convidando-vos a<br />
algumas reflexões políticas.<br />
O Brasil, a cada momento, dá renovados sinais <strong>de</strong> que sente a<br />
ausência <strong>de</strong> Minas. Como repete a cada nova oportunida<strong>de</strong> o vicepresi<strong>de</strong>nte<br />
da República, José Alencar, “o Brasil sente sauda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Minas”.<br />
De sua tendência para o que é permanente e eterno, <strong>de</strong> sua vocação<br />
para o senso grave da or<strong>de</strong>m e da liberda<strong>de</strong>, da constante busca do<br />
equilíbrio, <strong>de</strong> seu sentido <strong>de</strong> perenida<strong>de</strong> do belo e do justo.<br />
Revista Volume LI.p65 174<br />
12/5/2009, 15:29