DA EVISTA CADEMIA INEIRA ETRAS - Academia Mineira de Letras

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basicamente pela UDN e pelo PSD). Foi indicado pelo presidente Médici
para governar Minas, empenhando-se em trazer para o nosso Estado, com
sucesso, novas indústrias, como a Fiat, além de outras conquistas no
campo do desenvolvimento econômico. Já disse, em outro oportunidade,
que a Revolução de 64, mesmo no período em que se transformou em
discricionária, poupou Minas e os mineiros de maus governantes. Os
generais souberam conviver democraticamente com o governador Israel
Pinheiro, eleito por expressiva votação, ainda nos primeiros tempos do
novo regime. E escolheram para sucedê-lo, em mandatos de quatro anos
cada um, Rondon Pacheco, Aureliano Chaves e Francelino Pereira, três
homens públicos sérios, honestos, dignos da tradição republicana. Os que
viveram aqueles anos certamente concordarão comigo.
Nos últimos dias do governo Israel Pinheiro, com Rondon já
escolhido para suceder-lhe, os dois fizeram uma viagem ao Oriente, em
busca de investimentos para o Estado. Foi uma viagem histórica, pois
reuniu dois políticos de origens partidárias opostas e muitas vezes, ou
quase sempre, conflitantes, um do PSD, outro da UDN. Mas perfeitamente
afinados com o escopo maior, que era desenvolver Minas. O objetivo
inicial era trazer investimentos japoneses, além dos já conquistados com
a Usiminas de Amaro Lanari Júnior, que participou do grupo com d.
Vera. A viagem começou em Los Angeles, nos EUA, depois Tóquio, no
Japão. O governador Israel Pinheiro, com d. Coracy, retornou de Tóquio
ao Brasil. Rondon, com d. Marina e Francisco Noronha, prosseguiu pela
Ásia, via Hong-Kong, Tailândia, depois Grécia, Itália, onde firmou o
protocolo da vinda da Fiat para Betim, encerrando o roteiro na
Alemanha. Fui o único jornalista a participar da viagem, por indicação
dos que dirigiam na época os destinos dos Associados em Minas,
Geraldo Teixeira da Costa e Pedro Aguinaldo Fulgêncio, ambos
referências obrigatórias na história da imprensa mineira. Pude
testemunhar o entrosamento, a amizade, o respeito que existia entre os
dois grandes homens públicos mineiros, um ainda governador, o outro
governador já escolhido. E do empenho com que trabalharam para
transformar em realidade, primeiro no Japão, depois na Europa, os 32
projetos elaborados pelo INDI – Instituto de Desenvolvimento Industrial,
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12/5/2009, 15:29