DA EVISTA CADEMIA INEIRA ETRAS - Academia Mineira de Letras

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Francisco Badaró: O Jornal do Commercio, o Paiz e a Gazeta de
Noticias, exaltando-lhe a fala e dando relevo aos seus discursos. A
verdade é que a celebridade de aldeia – como eram chamados os
provincianos, eleitos pelo voto distrital – sentia-se realizado e feliz.
O autobiógrafo assevera em seu livro que não pretendia discorrer
sobre a história pátria, mas tendo sido ele um político atuante, não
poderia furtar-se às referências de fatos relevantes, especialmente os que
o envolveram, de certa forma. Promulgação da Constituição de 1891 por
Deodoro da Fonseca; e nem esse fato veio acalmar os ânimos: a antiga
crise da monarquia reflete-se na nova República. Golpe de Estado. Daí a
dissolução do Congresso. Francisco Badaró voltava de Minas Novas,
quando teve todas as informações disponíveis que lhe indicavam os
rumos a tomar. Floriano Peixoto era o novo presidente da República,
dada a renúncia de Deodoro da Fonseca. Ele anula a dissolução do
Congresso. As relações de Francisco Badaró com o novo Chefe de
Estado tinham crescido, especialmente depois que este fora eleito vicepresidente
e presidente do Senado.
De volta a Minas Novas, onde sua esposa, Sinhazinha, esperava a
chegada de mais um filho, que veio a nascer no dia 22 de dezembro, e
recebeu o nome de Francisco, deparou-se com um dilema: havia antes se
encontrado com o Bispo de Diamantina, Dom João Antônio dos Santos, e
esperava ser convocado pelo presidente Floriano Peixoto para chefiar a
Legação da Santa Sé em Roma. A constante troca de titulares da Pasta
das Relações Exteriores denotava que não cessara de todo a crise que
envolvia o clero brasileiro e o governo. Houve um relativo intervalo para
que ele pudesse preparar-se para assumir tal cargo, após o convite formal
do presidente. E em setembro de 1893, Francisco Badaró seguiu para a
Itália, tendo antes, já com as credenciais para serem entregues ao Papa
Leão XIII, visitado o presidente Floriano.
O capítulo XII do livro trata especificamente de sua chegada à
Itália, e acima de tudo, do Sumo Pontífice da Igreja Católica. Muitas
páginas serviram para situar a figura de Gioacchino Pecci, nascido na
cidade de Carpinetto, e diz Francisco que “Ao tomar o leme da Barca de
Pedro, Leão XIII, antes de redigir a Rerum novarum, estabeleceu regras
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