DA EVISTA CADEMIA INEIRA ETRAS - Academia Mineira de Letras
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Perene e infinita convivência com a cultura ____________________________________ Beatriz Teixeira <strong>de</strong> Salles 95<br />
meus estudos na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Direito e, simultaneamente, secretariava o<br />
partido <strong>de</strong> cuja criação havia participado. Consi<strong>de</strong>rei oportuno confiar à<br />
<strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> a documentação do CAAP, <strong>de</strong> 1932 a 1951. A nossa AML<br />
sempre foi consi<strong>de</strong>rada um repositório da cultura mineira e é farta a<br />
documentação que ela conserva pelos anos afora. Recentemente, na<br />
reforma do prédio, na rua da Bahia, on<strong>de</strong> funciona, parte da documentação<br />
do CAAP foi localizada entre livros e papéis do saudoso presi<strong>de</strong>nte<br />
Vivaldi Moreira.<br />
Pelos documentos, po<strong>de</strong>-se perceber que o CAAP era muito<br />
importante.<br />
Foi intensa a ativida<strong>de</strong> do CAAP na se<strong>de</strong> da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Direito<br />
e, entre outros espaços culturais, no prédio do Conservatório Mineiro <strong>de</strong><br />
Música, na av. Afonso Pena, realizando, além <strong>de</strong> famosos concursos <strong>de</strong><br />
oratória, júris simulados e outras ativida<strong>de</strong>s específicas. Fazíamos<br />
contato com as entida<strong>de</strong>s acadêmicas <strong>de</strong> São Paulo e <strong>de</strong> outros estados.<br />
Logo mais, manteremos entendimentos com a atual diretoria do CAAP,<br />
para receber, na se<strong>de</strong> da <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> <strong>Mineira</strong> <strong>de</strong> <strong>Letras</strong>, a documentação<br />
existente, das mãos do nosso querido Presi<strong>de</strong>nte Murilo Badaró.<br />
Sua paixão pela literatura e pelo jornalismo começou ainda no<br />
Piauí?<br />
No fim da década <strong>de</strong> 30 e no começo dos anos 40, éramos três os<br />
jovens estudantes do Liceu Piauiense – em Teresina (PI). Andávamos<br />
com livros, revistas e suplementos literários dos jornais do Rio e São<br />
Paulo <strong>de</strong>baixo dos braços e nos envolvíamos com o jornalismo estudantil,<br />
mas igualmente fascinados pela literatura e a política. Fomos todos<br />
leitores do romance social do Nor<strong>de</strong>ste, que muito contribuiu para a<br />
nossa formação. Carlos Castelo Branco foi o primeiro, Abdias Silva, o<br />
segundo e eu o amigo dos dois. A porta <strong>de</strong> entrada era a Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Direito em Belo Horizonte, menos para Abdias, que foi para Porto<br />
Alegre, Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, convidado pelo escritor Érico Veríssimo.<br />
Revista Volume LI.p65 95<br />
12/5/2009, 15:29