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DA EVISTA CADEMIA INEIRA ETRAS - Academia Mineira de Letras

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ODE A UM BRASILEIRO<br />

(DOIS, EM TRÊS CAPÍTULOS)<br />

Henrique Leal*<br />

O dia 14 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2009 será muito especial para a família<br />

Afonso Penna, com a inauguração, em Santa Bárbara, Minas Gerais, do<br />

Memorial Affonso Penna, na data do centenário <strong>de</strong> morte do primeiro<br />

mineiro a assumir a Suprema Magistratura da Nação brasileira. Sobre ele,<br />

Rui Barbosa, a “Águia <strong>de</strong> Haia”, em discurso no Senado Fe<strong>de</strong>ral, assim<br />

se referiu: “Se o serviço público tem os seus mártires, nunca <strong>de</strong>ssa<br />

experiência assistimos a mais singular exemplo.” Uma referência à morte<br />

do presi<strong>de</strong>nte no Palácio do Catete, no Rio <strong>de</strong> Janeiro, então se<strong>de</strong> do<br />

governo fe<strong>de</strong>ral, aos 14 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1909, vítima <strong>de</strong> colapso – dizem,<br />

por excesso <strong>de</strong> trabalho, ainda que a morte do filho Álvaro, em final <strong>de</strong> 1907,<br />

tenha ajudado bastante. A estafa por excesso <strong>de</strong> trabalho, entretanto, não é <strong>de</strong><br />

todo exagerada: nunca, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>le, um presi<strong>de</strong>nte brasileiro trabalhou<br />

com tanto afinco em questões como, por exemplo, o transporte<br />

ferroviário do Brasil. Para Affonso Penna – e nenhum outro Presi<strong>de</strong>nte<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong>le – somente as ferrovias seriam o transporte a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong> carga<br />

e passageiros em País continental como o nosso. Argumento irrefutável até<br />

o início do século XXI, pena que constantemente vilipendiado por estradas<br />

esburacadas e gordas comissões para as empreiteiras (A Arte <strong>de</strong> Furtar, o<br />

manuscrito <strong>de</strong> 1652, sobre o qual ainda muito falaremos, continua <strong>de</strong><br />

atualida<strong>de</strong> ímpar, nas palavras do <strong>de</strong>putado Durval Ângelo, que assina o<br />

prefácio da segunda edição da obra por mim comentada).<br />

* Jornalista e escritor, autor <strong>de</strong> Uma Casa em La Mancha, A Arte <strong>de</strong> Furtar e o seu Autor, Vila<br />

Real <strong>de</strong> N. S. da Conceição <strong>de</strong> Sabarabussu, O Cabreiro <strong>de</strong> Cerveira.<br />

Revista Volume LI.p65 223<br />

12/5/2009, 15:29

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