DA EVISTA CADEMIA INEIRA ETRAS - Academia Mineira de Letras
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66 _______________________________________________ R<strong>EVISTA</strong> <strong>DA</strong> A<strong>CADEMIA</strong> M<strong>INEIRA</strong> DE L<strong>ETRAS</strong><br />
Realmente, Pe. Megale, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> muito, sentia os efeitos <strong>de</strong> perturbações<br />
cardíacas, sem que elas o afastassem, <strong>de</strong> modo maior, <strong>de</strong> seu<br />
mo<strong>de</strong>lar trabalho pastoral. Após diversas cirurgias e dolorosos<br />
tratamentos médicos, chegou ao dia 3 <strong>de</strong> setembro, do referido ano e, à<br />
noite, apesar <strong>de</strong> muito pa<strong>de</strong>cer fisicamente, celebrou, na Basílica <strong>de</strong><br />
Nossa Senhora <strong>de</strong> Lour<strong>de</strong>s, <strong>de</strong> Belo Horizonte, sua última Eucaristia,<br />
especialmente pela intenção da alma do recém falecido poeta e seu colega<br />
acadêmico Alphonsus <strong>de</strong> Guimaraens Filho. E, após o Evangelho,<br />
pronunciou belíssima oração, em que soube unir o comentário das<br />
palavras evangélicas com a comovente exaltação dos méritos pessoais e<br />
literários <strong>de</strong> seu confra<strong>de</strong>.<br />
Pouco <strong>de</strong>pois, recolheu-se ao leito e, já em plena noite, foi, com<br />
surpresa, alcançado pela hemorragia que o levou ao internamento no<br />
Hospital Life Center, on<strong>de</strong> foi logo medicado e levado a coma induzido,<br />
<strong>de</strong> que não se beneficiou. Apesar <strong>de</strong> toda assistência <strong>de</strong> <strong>de</strong>dicados<br />
médicos e do operoso pároco Welington Cardoso Brandão e <strong>de</strong> seu<br />
auxiliar Pe. Calmon Rodovalho Malta, não recuperou a normalida<strong>de</strong> do<br />
pensar, seguido da morte nos primeiros minutos do dia já conhecido e<br />
após todo o socorro sacramental, como ele administrou a tantos.<br />
Consumou-se, então, a vida <strong>de</strong> Pe. Megale, que em 2006, <strong>de</strong>ixou<br />
redigido corajoso, belo e pru<strong>de</strong>nte poema, Oração da Noite, que foi<br />
revelado pelo volume XLIX da Revista da <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> <strong>Mineira</strong> <strong>de</strong> <strong>Letras</strong>,<br />
em seu 3º trimestre <strong>de</strong> 2008, e havia chegado em nossas mãos, bem antes.<br />
Aqui o repetimos, para respeitosa homenagem àquele que previu<br />
pormenores <strong>de</strong> seu falecimento e para ele se preparou dignamente.<br />
Deixou-nos, repetimos, nesse poema tocante modo <strong>de</strong> prever pormenores<br />
<strong>de</strong> sua morte, que sem temor <strong>de</strong> erro, merece ser proclamada como a <strong>de</strong><br />
um sacerdote e escritor que serviu mo<strong>de</strong>larmente à Igreja <strong>de</strong> Deus e às<br />
almas que o Senhor colocou em sua maravilhosa caminhada sacerdotal,<br />
tão característica <strong>de</strong> louvado sacerdote claretiano.<br />
Verda<strong>de</strong>iramente, Pe. Megale teve um sacerdócio capaz <strong>de</strong> permitir<br />
que ele, três anos antes, previsse os pormenores <strong>de</strong> sua partida para<br />
o estado celestial, em que pe<strong>de</strong>, para nós, as graças <strong>de</strong> que esperamos<br />
<strong>de</strong>le!<br />
Revista Volume LI.p65 66<br />
12/5/2009, 15:29