DA EVISTA CADEMIA INEIRA ETRAS - Academia Mineira de Letras
DA EVISTA CADEMIA INEIRA ETRAS - Academia Mineira de Letras
DA EVISTA CADEMIA INEIRA ETRAS - Academia Mineira de Letras
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
220 _______________________________________________ R<strong>EVISTA</strong> <strong>DA</strong> A<strong>CADEMIA</strong> M<strong>INEIRA</strong> DE L<strong>ETRAS</strong><br />
Na verda<strong>de</strong> é um processo <strong>de</strong> fé e reconhecimento no <strong>de</strong>stino<br />
transcen<strong>de</strong>ntal. É por isto que numa <strong>de</strong>monstração espontânea <strong>de</strong> intensa<br />
e indiscutível crença num Deus, tantas vezes negado, que o final <strong>de</strong><br />
“PERANTE O ALÉM...” traduz o ápice <strong>de</strong>sta sua fé imanente essencial e<br />
imorredoura.<br />
E como um “aleluia”, canta<br />
Glória a Ti, Universo a que me entrego!<br />
O sol no céu... o vibrião no pego...<br />
usnea, estrella, Platão, Budha, Jesus<br />
Tudo segue o Nirvana a que te levas!...<br />
Tudo se originou das mesmas trevas...<br />
Tudo se integrará na mesma Luz!...<br />
“Os sentimentos que o inva<strong>de</strong>m neste encontro final o levam ao<br />
êxtase arrebatador. Compreendê-lo exige uma força suprema porque é o<br />
instante em que Deus a ele Se revela, fundindo-se na Definitiva<br />
Permanência.”<br />
“É um momento transcen<strong>de</strong>ntal... <strong>de</strong> absoluta entrega...”<br />
É admirável a lógica, o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> penetração crítica, a capacida<strong>de</strong><br />
para a conclusão que a Ilustre Professora mostra possuir neste ensaio<br />
também admirável.<br />
No mesmo sentido seria Tollendal, fl. 27: “O mistério, o futuro e a<br />
morte atormentam as noites <strong>de</strong> insônia. O eu-lírico, contudo, não<br />
blasfema, nem nega a evidência <strong>de</strong> um <strong>de</strong>us. Ele, apenas, não o encontra.<br />
Destaco o belíssimo soneto “Nel mezzo <strong>de</strong>l Cammin”, on<strong>de</strong> se lê “A<br />
culpa é minha se jamais culmino!”<br />
“Honório Armond foi um ser privilegiado, que recebeu da<br />
Infinita Sabedoria a missão <strong>de</strong> contestar o pensamento <strong>de</strong> sua<br />
época, para que tantos outros pu<strong>de</strong>ssem também procurar e<br />
encontrar racionalmente a verda<strong>de</strong>, se é que isso é possível”.<br />
(Lúcia Pires Amaral, Doutora em Música e docente livre da<br />
UFRJ, pág. 51)<br />
Revista Volume LI.p65 220<br />
12/5/2009, 15:29