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DA EVISTA CADEMIA INEIRA ETRAS - Academia Mineira de Letras

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Apresentação sobre Guignard ______________________________________________________ Yara Tupynambá 169<br />

atitu<strong>de</strong> poética em ver a vida, um amor muito gran<strong>de</strong> à nossa terra que o<br />

fez escolher, como tema, a realida<strong>de</strong> brasileira: as visões do Rio e do<br />

Jardim Botânico, as montanhas <strong>de</strong> Minas coroadas com as igrejas<br />

barrocas, o casario das pequenas cida<strong>de</strong>s históricas, as noites <strong>de</strong> São João<br />

com suas luzes e balões.<br />

Ao <strong>de</strong>finir e privilegiar, em sua pintura, uma visão sobre nossa<br />

terra, Guignard artista, consi<strong>de</strong>ra Minas não como cenário, mas como<br />

núcleo <strong>de</strong> tradições, <strong>de</strong> certezas, <strong>de</strong> germinação <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias e i<strong>de</strong>ais.<br />

E foi esta certeza que nos transmitiu, como herança maior.<br />

Assim, ao ensinar disciplina e liberda<strong>de</strong>, observação e criação,<br />

técnica e busca <strong>de</strong> linguagem pessoal, ele formou uma plêia<strong>de</strong> <strong>de</strong> artistas<br />

que hoje trabalham e criam em Minas, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> linguagens absolutamente<br />

pessoais.<br />

Maria Helena Andrés e Mario Silésio, abstratos, usam a sutileza<br />

das transparências coloristicas, bem como Jarbas Juarez, Yara Tupynambá<br />

e Wil<strong>de</strong> Lacerda, figurativos oníricos. Petrônio Bax e Chanina trabalham<br />

com a linha sobre a massa, formando <strong>de</strong>senhos <strong>de</strong>corativos em uma<br />

mensagem surreal. Álvaro Apocalypse, expressionista, usa as transparências,<br />

e Amílcar <strong>de</strong> Castro e Santa com a linha constroem os elementos<br />

básicos <strong>de</strong> seu trabalho.<br />

Mas o que se sente, em caminhos tão diversos tomados por seus<br />

alunos, ligados pelos laços da técnica e do conteúdo filosófico que lhes<br />

foi apresentado pelo mestre é o fio condutor da criação que permanece<br />

como a gran<strong>de</strong> herança <strong>de</strong>ixada por Guignard.<br />

Formou duas gerações <strong>de</strong> artistas, a primeira <strong>de</strong> 44 a 54, com a<br />

presença <strong>de</strong> Maria Helena Andrés, Mario Silésio, Petrônio Bax, Farnese<br />

Andra<strong>de</strong>, Amílcar <strong>de</strong> Castro, Solange Botelho e Chanina, entre outros. A<br />

segunda geração, existente entre os anos <strong>de</strong> 54 e 62, quando <strong>de</strong> sua<br />

morte, formada por Álvaro Apocalypse, Jarbas Juarez, Santa, Wil<strong>de</strong><br />

Lacerda e Yara Tupynambá, entre outros, fecha seu ciclo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s,<br />

mas a forte presença <strong>de</strong> Guignard persiste entre nós, firme e generosa, ao<br />

nos lembrarmos <strong>de</strong> quanto sua ativida<strong>de</strong> como mestre foi importante para<br />

a formação das artes plásticas <strong>de</strong> Minas.<br />

Revista Volume LI.p65 169<br />

12/5/2009, 15:29

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