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DA EVISTA CADEMIA INEIRA ETRAS - Academia Mineira de Letras

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72 _______________________________________________ R<strong>EVISTA</strong> <strong>DA</strong> A<strong>CADEMIA</strong> M<strong>INEIRA</strong> DE L<strong>ETRAS</strong><br />

encontro com ele no BDMG, comentei que <strong>de</strong>veria escrever suas<br />

memórias, pois sua vida pública confundia-se com a história <strong>de</strong> nosso<br />

estado, abrangendo épocas importantes e polêmicas. Rondon contestou<br />

rápido: “Mas já está publicada”. Há dias, em novo encontro, ganhei <strong>de</strong>le<br />

o volume.<br />

Comecei a ler <strong>de</strong> imediato. Já estou na meta<strong>de</strong> das 636 páginas.<br />

Acompanhei uma parte importante dos fatos narrados, como jornalista da<br />

área político-parlamentar do Estado <strong>de</strong> Minas, até 1962, e como redatorchefe,<br />

<strong>de</strong>pois Diretor <strong>de</strong> Redação, <strong>de</strong>pois Editor Geral do Diário da<br />

Tar<strong>de</strong>, em sucessivas promoções na carreira a que me <strong>de</strong>diquei com<br />

amor, i<strong>de</strong>alismo e entusiasmo.<br />

O livro me fez recordar diversos episódios da história política, não<br />

só <strong>de</strong> Minas, mas do país, pois <strong>de</strong>las sempre participou o advogado, ex<strong>de</strong>putado<br />

estadual e fe<strong>de</strong>ral, ex-ministro, ex-governador. Rondon é, e não<br />

lhe faço favor em afirmar isso, um dos homens públicos mais atuantes e<br />

honrados <strong>de</strong> nossa história.<br />

Eu o conheci como advogado no foro <strong>de</strong> Belo Horizonte. Eu era<br />

estudante <strong>de</strong> Direito e fui <strong>de</strong>stacado pelo então secretário <strong>de</strong> redação do<br />

Estado <strong>de</strong> Minas, Eduardo <strong>de</strong> Campos Amaral, bela figura humana, para<br />

cobrir o setor forense. Milton Campos, Pedro Aleixo, dois ícones da<br />

advocacia e da política tinham escritório no Edifício Mariana, na Afonso<br />

Pena. No mesmo prédio atuava o jovem advogado, quase sempre em<br />

recursos encaminhados por colegas seus, <strong>de</strong> Uberlândia e dos municípios<br />

vizinhos, para o Tribunal <strong>de</strong> Justiça, que era presidido pelo<br />

<strong>de</strong>sembargador Nísio Baptista <strong>de</strong> Oliveira, magistrado austero,<br />

extremamente educado, daqueles <strong>de</strong> antigamente, que só falavam “nos<br />

autos”, como eu, que cobria o setor, posso testemunhar. Tão diferente do<br />

que hoje se vê por aí, especialmente no Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral.<br />

Mais tar<strong>de</strong>, já como jornalista político, responsável, além do<br />

noticiário normal, pela coluna “Notas <strong>de</strong> um cronista parlamentar”, que<br />

<strong>de</strong>pois se transformou em “Notas <strong>de</strong> um cronista político-parlamentar”,<br />

pu<strong>de</strong> acompanhar, registrar e comentar os fatos mais importantes da<br />

política mineira e, se me permitem, brasileira também. Pois eu escrevia<br />

no maior jornal do Estado, e Minas, todos sabemos, mesmo quando fora<br />

Revista Volume LI.p65 72<br />

12/5/2009, 15:29

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