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DA EVISTA CADEMIA INEIRA ETRAS - Academia Mineira de Letras

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O centenário da <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> <strong>Mineira</strong> <strong>de</strong> <strong>Letras</strong> _________________________________________ Almir <strong>de</strong> Oliveira 15<br />

Essa posição econômica e social <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora incomodava Ouro<br />

Preto.<br />

Enquanto Belo Horizonte não assumia feições <strong>de</strong> rainha, a princesa<br />

<strong>de</strong> Minas cumpria seu papel <strong>de</strong> principal centro <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s econômicas,<br />

sociais e políticas. Aqui se encontravam os políticos do Estado e<br />

aqui se traçavam rumos a seguir. Mais próxima da antiga Corte, ainda<br />

cheirando a baronesas e marquesas, e aspirando a con<strong>de</strong>s e barões, que<br />

podiam trazer até seus domínios o Imperador, cida<strong>de</strong> a que sua Majesta<strong>de</strong><br />

D. Pedro II costumava vir, para passar temporada na mansão <strong>de</strong> Mariano<br />

Procópio e fazer visitas cordiais a Henrique Guilherme Halfeld, Juiz <strong>de</strong><br />

Fora invejava a capital Ouro Preto, cujos habitantes chegaram a fazer movimento<br />

<strong>de</strong> recusa aos produtos da indústria juiz-forana, incluindo-se o então<br />

prestigioso sabão-do-reino, segundo a informação <strong>de</strong> Paulino <strong>de</strong> Oliveira...<br />

Mas, Belo Horizonte seguia seu <strong>de</strong>stino: <strong>de</strong>senvolvia-se e assumia<br />

a sua condição <strong>de</strong> Capital do Estado, e, necessariamente, <strong>de</strong> representante<br />

Minas Gerais em todas as suas manifestações materiais e espirituais. Os<br />

meios culturais <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora compreen<strong>de</strong>ram a necessida<strong>de</strong> da<br />

mudança da <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> para a Capital e aceitaram-na sem manifestação<br />

significativa. E a <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> se mudou.<br />

Houve um significativo período <strong>de</strong> marasmo entre os juiz-foranos.<br />

Mas, aos poucos, o espírito juiz-forano começou a <strong>de</strong>spertar. Hoje temos<br />

nossas entida<strong>de</strong>s culturais, que se esforçam por fazer ressurgir aqui<br />

entusiasmo pelas artes e pelas letras. Temos <strong>de</strong> novo uma <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Letras</strong>, temos um Instituto Histórico e Geográfico, temos associações<br />

culturais específicas, como o Instituto Cultural Sto. Tomás <strong>de</strong> Aquino...<br />

Há entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> classe que reservam parte do tempo para coisas da<br />

cultura. A cida<strong>de</strong> espera que a Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral ainda venha a influir<br />

o seu tanto. A cida<strong>de</strong> ainda não sente sua influência...<br />

Quando me mu<strong>de</strong>i para Juiz <strong>de</strong> Fora, em 1932, ainda aqui estavam<br />

Machado Sobrinho, Belmiro Braga, João Massena, José da Paixão (ou J.<br />

Paixão), Gilberto <strong>de</strong> Alencar, Heitor Guimarães e Lindolfo Gomes.<br />

Convivência, tive-a com Lindolfo Gomes e Gilberto <strong>de</strong> Alencar.<br />

Com Lindolfo Gomes, homem generoso e bem-humorado, o<br />

convívio foi quase diário durante os últimos <strong>de</strong>z anos que ele viveu em<br />

Revista Volume LI.p65 15<br />

12/5/2009, 15:29

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