DA EVISTA CADEMIA INEIRA ETRAS - Academia Mineira de Letras
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60 _______________________________________________ R<strong>EVISTA</strong> <strong>DA</strong> A<strong>CADEMIA</strong> M<strong>INEIRA</strong> DE L<strong>ETRAS</strong><br />
as palavras empregadas exprimem com clareza as idéias. Para o Pe. Pedro<br />
Maciel Vidigal, porém, elas traduziram luminosamente os conceitos,<br />
mesmo porque estes lhe foram claros, distintos e a<strong>de</strong>quados e, <strong>de</strong>ste<br />
modo, ele i<strong>de</strong>alizava o concreto e concretizava o abstrato com rara<br />
maestria.<br />
Seu cérebro ostentou uma fulguração quase <strong>de</strong> um gênio e sua pena<br />
tem o talismã <strong>de</strong> um mago.<br />
Sua concepção acuminosa rivalizou com sua palavra soberana.<br />
Aquela se <strong>de</strong>sprega em vôos <strong>de</strong> um Boécio e estas em linhas <strong>de</strong> um<br />
Bramante.<br />
É que investigando, imaginando, ensinando, combatendo seu<br />
pensamento foi todo luz, e sua frase cor.<br />
Um perfeito mestre, um literato genial, in<strong>de</strong>fesso cultor da<br />
antiguida<strong>de</strong> clássica e amante ferventíssimo do Belo.<br />
Tertuliano e Agostinho, dois leões da África, se vivos, se curvariam<br />
ante o vigor intelectual <strong>de</strong>ste que hoje recebe nossas homenagens e<br />
Homero e Horácio teceriam loas a quem tanto honra o linguajar humano.<br />
Se Hei<strong>de</strong>gger afirmou que o vazio sonoro é o maior dos erros por<br />
<strong>de</strong>slustrar o que o homem, ser pensante, tem <strong>de</strong> mais característico e<br />
elevado, ele, por certo proclamaria que poucos se equipararam ao Pe.<br />
Pedro Maciel Vidigal no que tange à Teoria e à Prática da Filosofia da<br />
Linguagem por ele, <strong>de</strong>ste modo, sumamente opulentadas.<br />
A glória da língua portuguesa que tem seu cume em Camões<br />
atingiu páramos fulgurantes na riqueza literária <strong>de</strong>ste que estamos<br />
homenageando.<br />
A grandiosida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vieira e a ternura <strong>de</strong> Bernar<strong>de</strong>s confluem,<br />
fulgentemente, em suas páginas imorredouras.<br />
Louve a Inglaterra os méritos <strong>de</strong> Byron, a Alemanha os <strong>de</strong> Goethe,<br />
a Itália os <strong>de</strong> Manzoni, a França os <strong>de</strong> Victor Hugo, a Espanha os <strong>de</strong><br />
Cervantes, que o Brasil proclamará méritos não menos luminosos <strong>de</strong> Pe.<br />
Pedro Maciel Vidigal e, por que não dizer, a igualar a todos eles na rijeza<br />
e lume na frase e <strong>de</strong>mais arestas e fogos no pensamento.<br />
Pelo adamantino <strong>de</strong> sua escrita à guisa <strong>de</strong> condor, ascen<strong>de</strong>ndo mais<br />
e mais no vôo audacioso e olhando sempre o Sol, <strong>de</strong> fito em fito, ele<br />
Revista Volume LI.p65 60<br />
12/5/2009, 15:29