16.04.2013 Views

DA EVISTA CADEMIA INEIRA ETRAS - Academia Mineira de Letras

DA EVISTA CADEMIA INEIRA ETRAS - Academia Mineira de Letras

DA EVISTA CADEMIA INEIRA ETRAS - Academia Mineira de Letras

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

204 _______________________________________________ R<strong>EVISTA</strong> <strong>DA</strong> A<strong>CADEMIA</strong> M<strong>INEIRA</strong> DE L<strong>ETRAS</strong><br />

Por uma saltei <strong>de</strong> vara,<br />

Por outra estu<strong>de</strong>i tupi,<br />

Mas a melhor das Marias<br />

Foi aquela que perdi.<br />

A poesia <strong>de</strong> Armond, como a <strong>de</strong> todo parnasiano, é linear em sua<br />

compreensão. Discorre sobre um tema, uma idéia central, e a ela se<br />

agregam outras com o compromisso <strong>de</strong> não prejudicar a estrutura do<br />

poema. Seu livro <strong>de</strong> estréia, Ignotae Deae, é composto em obediência a<br />

esse Cânon.<br />

PERANTE O ALÉM E LINGUAGEM POÉTICA<br />

Em Perante o Além e os <strong>de</strong>mais livros, que não chegou a publicar,<br />

e que se conhecem só em original, já modifica <strong>de</strong> modo bastante sensível<br />

não só a temática, que se liberta das influências anteriores, mas rasga<br />

horizontes novos e começa a merecer a atenção da critica conceituada do<br />

pais.<br />

Sobre um viso escarpado <strong>de</strong> montanha<br />

on<strong>de</strong> chega o soluço, a voz estranha<br />

do Oceano arfando a luz crepuscular,<br />

para um viandante exausto... <strong>de</strong>sfalece...<br />

sobe a lua do mar, como uma prece<br />

que, para os céus, erguesse a alma do mar...<br />

Esta é a primeira sextilha do poema Perante o Além com que inicia<br />

o livro. Aqui, a beleza da estrofe sobressai, não mais das lantejoulas da<br />

frase, do verso bem medido, mas se expressa por ingredientes líricos<br />

<strong>de</strong>purados, traduzindo a verda<strong>de</strong>ira inspiração. A rima é um simples<br />

aci<strong>de</strong>nte. O poema diz tudo por si mesmo. São quarenta sextilhas que<br />

cantam um viajante, monologando com o Além sobre as indagações<br />

eternas do homem perante o Infinito:<br />

Revista Volume LI.p65 204<br />

12/5/2009, 15:29

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!