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DA EVISTA CADEMIA INEIRA ETRAS - Academia Mineira de Letras

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A literatura e a arte aldravista ________________________________________________ Andréia Donadon Leal 237<br />

Descuido<br />

Sempre tive a mania<br />

<strong>de</strong> recolher<br />

se os encontro jogados por aí<br />

parafusos<br />

pregos<br />

porcas<br />

arruelas<br />

pequenos objetos que<br />

<strong>de</strong> vez em quando<br />

a gente os procura<br />

<strong>de</strong>sesperado.<br />

Nunca, porém, tive o cuidado<br />

<strong>de</strong> recolher<br />

se os encontro<br />

<strong>de</strong>scuidado<br />

olhares<br />

afagos<br />

palavrinhas<br />

pequenos carinhos que<br />

a gente necessita <strong>de</strong>sesperado.<br />

(Donadon-Leal, J. B., 1997)<br />

As manifestações literárias e artísticas <strong>de</strong>sses poetas aldrávicos –<br />

ditos como invasores <strong>de</strong> terras <strong>de</strong>volutas, são extraídas <strong>de</strong> um olhar<br />

metonímico e por isso <strong>de</strong>vem estar livres para interpretação com a i<strong>de</strong>ia<br />

da arte sem começo ou fim, partindo do pressuposto <strong>de</strong> que a arte <strong>de</strong>ve<br />

ser, antes <strong>de</strong> tudo, expressão <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>, ou como diz o poeta Donadon-<br />

Leal (2002): “Abraçar, sem pudores, os discursos <strong>de</strong> todas as<br />

tendências, acreditando pio o <strong>de</strong>mônio que aquece e perverso o <strong>de</strong>us que<br />

inventou o inferno”.<br />

Revista Volume LI.p65 237<br />

12/5/2009, 15:29

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