DA EVISTA CADEMIA INEIRA ETRAS - Academia Mineira de Letras
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O<strong>de</strong> a um brasileiro (dois, em três capítulos) _____________________________________________ Henrique Leal 227<br />
(1891-4), Affonso Penna assina o ato <strong>de</strong> fundação <strong>de</strong> Belo Horizonte, cria<br />
a Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Direito <strong>de</strong> Minas Gerais (4/12/1892, em Ouro Preto) e,<br />
após <strong>de</strong>ixar o governo <strong>de</strong> Minas, o <strong>de</strong>stino ainda lhe prega outro golpe.<br />
Com a morte do também mineiro Silviano Brandão, vice-presi<strong>de</strong>nte<br />
eleito, não empossado, <strong>de</strong> Rodrigues Alves (1902/06), é convidado a<br />
assumir o cargo. E vale lembrar que a Coligação Partidária que se<br />
formaria em 1906 para eleger o sucessor <strong>de</strong> Rodrigues Alves encontra em<br />
Affonso Penna candidato único e unânime das forças políticas do país,<br />
tamanha era a sobrieda<strong>de</strong> do caráter do filho <strong>de</strong> Santa Bárbara.<br />
O governo Affonso Penna é consi<strong>de</strong>rado pela história como o<br />
“governo dos Magistrados”, já que entre 1907 e 1909 o mineiro enviou<br />
ao Congresso um programa administrativo, inspirado em princípios<br />
jurídicos-sociais. A nata da intelectualida<strong>de</strong> brasileira da época<br />
frequentava o Palácio do Catete: seu Ministro das Relações Exteriores foi<br />
José Maria da Silva Paranhos Junior, o Barão do Rio Branco (mantido no<br />
cargo nas presidências <strong>de</strong> Rodrigues Alves, Affonso Penna, Nilo Peçanha<br />
e Hermes da Fonseca, imbatível no cargo que era); David Campista era<br />
seu Ministro da Fazenda e para o Ministério da Guerra foi buscar,<br />
curiosamente, o ex-ajudante-<strong>de</strong>-or<strong>de</strong>ns do Con<strong>de</strong> d’Eu, Hermes<br />
Rodrigues da Fonseca, que se exoneraria do cargo para candidatar-se à<br />
presidência da República no quatriênio seguinte.<br />
Sobre Affonso Penna, fala o Barão do Rio Branco: “Todos os que o<br />
conhecemos <strong>de</strong> perto, amigos e colaboradores que ele escolhera para a<br />
tarefa <strong>de</strong> bem encaminhar o futuro nacional, todos fomos tocados por<br />
esse entusiasmo vivaz, por esse nobre e generoso alento juvenil, como a<br />
própria esperança... O Brasil inteiro, que igualmente o acompanhou<br />
nessa empresa, fez-lhe a justiça <strong>de</strong> acreditar na pureza <strong>de</strong> suas<br />
intenções, via nele um verda<strong>de</strong>iro estadista <strong>de</strong>sejoso <strong>de</strong> assegurar-nos a<br />
paz <strong>de</strong> que tanto precisamos e precisam todos os povos”.<br />
Durante o período em que Affonso Augusto Moreira Penna<br />
governou, a malha ferroviária do Brasil dobrou <strong>de</strong> tamanho (quando<br />
Affonso Penna Junior teve seu nome cogitado para a presidência da<br />
República, também colocou como priorida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua plataforma eleitoral<br />
o transporte ferroviário). Outro aspecto interessante <strong>de</strong> seu governo diz<br />
Revista Volume LI.p65 227<br />
12/5/2009, 15:29