DA EVISTA CADEMIA INEIRA ETRAS - Academia Mineira de Letras

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queixa e pesar. (Até mesmo um livro das memórias desse senhor chega a
ser publicado pela Academia Brasileira de Letras, no qual Magalhães de
Azeredo faz revelações inverídicas a respeito de Francisco Badaró). O
assunto causou grande mágoa e deixou profundo abatimento no escritor,
principalmente por sentir-se caluniado, é o que se depreende de suas
queixas na autobiografia. O final do capítulo marca-se de grande alegria,
com a chegada de Sinhazinha e os dois filhos menores: Corina e
Francisco.
Sinhazinha e os filhos fixaram-se em Nápoles, “cujo clima era mais
saudável do que o rigoroso inverno de Roma. Era fácil o deslocamento da
bela cidade da costa italiana para a capital, servida por excelente
ferrovia”. Francisco sentia-se feliz com a presença dos familiares, e
aproveitava os dias mais livres de trabalho para os passeios com a esposa
e as crianças. Conta que os levou a conhecer Florença, “uma das jóias do
Renascimento italiano”. Mostrou-lhes os detalhes do Palácio dos Medici,
o Ponte Vecchio, as obras de Michelangelo, Da Vinci, além de fazer
referências a Dante, Maquiavel e Galileu; seguiram até a igreja de Santa
Clara “para as orações e agradecimentos a Deus”; ainda percorreram a
cidade, no justo encantamento com as obras artísticas.
O chefe brasileiro da Legação da Santa Sé em Roma passou por
sérias inquietações em seu posto, uma delas criada pelo que se refere à
discussão, conhecida como Lei das Garantias, especialmente por “um
artigo que falava da possibilidade de ser admitida a administração das
propriedades eclesiásticas no reino, uma consequência natural da unidade
festejada, que permitiu ao governo italiano se apossar de todos os bens da
igreja”; e mais outra, que trata de uma declaração do governo italiano,
alegando que “as igrejas são consideradas lugar público, sempre que
nelas se reunirem os fiéis para fins estranhos ao culto”, e que, com
certeza, haveriam de refletir-se no Brasil. O Papa viveu momentos de
grande aflição, por motivos diversos, além desses, e justamente o chefe
da Igreja Católica, que “jamais gostaria de ver seu papado envolvido
numa questiúncula de natureza material”, já que vigários e bispos que
recebiam estipêndio governamental posicionavam-se contra ele e o
Cardeal Rampolla. Houve a publicação pelo Santo Padre de uma bula que
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