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Dramas da clausura: a literatura dramática de Lúcio Cardoso por ...

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única e a mesma pessoa. Nunca seres humanos an<strong>da</strong>riam mais unidos...”<br />

(CARDOSO, s/d:77) Atordoa<strong>da</strong>, Gina caminha até o centro <strong>da</strong> luz artificial, o<br />

que marca sua ruptura <strong>de</strong>finitiva com a reali<strong>da</strong><strong>de</strong>. “A mulher <strong>de</strong> preto<br />

<strong>de</strong>saparece, enquanto a luz continua – e, nela, Gina sozinha” (CARDOSO,<br />

s/d:78), indica a rubrica. Júlia e dr. Victor contemplam a cena e o médico diz<br />

que ela está perdi<strong>da</strong> e ninguém ousaria <strong>de</strong>scer àquele inferno a não ser Deus<br />

“se tiver pena <strong>de</strong> tão gran<strong>de</strong> solidão” (CARDOSO, s/d:78).<br />

4.4- O Filho Pródigo<br />

4.4.1- A Crítica<br />

110<br />

As paisagens só servem para nos enlouquecer o<br />

pensamento. Se Deus limitou a nossa vista, foi para que<br />

olhássemos apenas a terra que <strong>de</strong>vemos cultivar...<br />

O Filho Pródigo<br />

Cerca <strong>de</strong> dois meses <strong>de</strong>pois <strong>da</strong> apresentação <strong>de</strong> A Cor<strong>da</strong> <strong>de</strong> Prata pelo<br />

“Teatro <strong>de</strong> Câmera”, <strong>Lúcio</strong> <strong>Cardoso</strong> veria um novo drama seu em cartaz, <strong>de</strong>ssa<br />

vez encenado pelo “Teatro Experimental do Negro” – aliás, o primeiro original<br />

brasileiro do repertório <strong>de</strong>ste grupo. Sob a direção <strong>de</strong> Abdias do Nascimento e<br />

cenários e figurinos <strong>de</strong> Santa Rosa, no dia 05 <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1947, vinha ao<br />

palco O Filho Pródigo. Compunham o elenco Abdias do Nascimento (Pai),<br />

Aguinaldo Camargo (Manassés), José Monteiro (Assur), Marina Gonçalves<br />

(Selene), Ruth <strong>de</strong> Souza (Aíla), Haroldo Costa (Peregrino), Roney <strong>da</strong> Silva<br />

(Moab) e Ana Maria (Peregrina) além <strong>de</strong> Raul Soares, Camilo Viana e Sinséio<br />

França (escravos). Clau<strong>de</strong> Vincent, em artigo encontrado na Fun<strong>da</strong>ção Casa<br />

<strong>de</strong> Rui Barbosa, informa que a peça teve uma reapresentação, tempos <strong>de</strong>pois,<br />

em homenagem ao Congresso Eucarístico, e critica essa segun<strong>da</strong><br />

apresentação <strong>por</strong> afastar-se <strong>de</strong>mais do original do autor.<br />

Depois <strong>da</strong> estréia, a Crítica, embora se mostre favorável ao esforço dos<br />

atores e ao “Teatro Experimental do Negro”, não contempla positivamente seu<br />

Autor. Roberto Brandão, <strong>por</strong> exemplo, <strong>de</strong>ixa registrado o que consi<strong>de</strong>ra seus<br />

pontos negativos:

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