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Dramas da clausura: a literatura dramática de Lúcio Cardoso por ...

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autores brasileiros nas diferentes tendências que surgiram: o “Teatro Duse”, o<br />

“Movimento Brasileiro <strong>de</strong> Arte”, a “Companhia Fernando <strong>de</strong> Barros”...<br />

4.3- A Cor<strong>da</strong> <strong>de</strong> Prata<br />

4.3.1- A Crítica<br />

91<br />

Ela é como certos terrenos on<strong>de</strong> não cresce coisa<br />

alguma. O seu amor – pois ela me ama, tenho certeza<br />

disto – é uma necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> absur<strong>da</strong> <strong>de</strong> domínio... um ato<br />

<strong>de</strong> egoísmo... e não sei <strong>por</strong>que (sic), mas <strong>de</strong> sacrilégio<br />

também.<br />

A Cor<strong>da</strong> <strong>de</strong> Prata<br />

Fun<strong>da</strong>do, pois, o “Teatro <strong>de</strong> Câmera”, uma peça <strong>de</strong> <strong>Lúcio</strong> <strong>Cardoso</strong><br />

<strong>de</strong>veria marcar sua estréia. Em 20 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1947, quase quatro anos<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> O Escravo, ele voltava aos palcos com A Cor<strong>da</strong> <strong>de</strong> Prata “... no<br />

<strong>de</strong>sempenho do qual estavam Alma Flora, Maria Sampaio, Maria Paula, Luiz<br />

Tito e Edmundo Lopes. O cenário era <strong>de</strong> Santa Rosa e os programas tinham a<br />

capa <strong>de</strong>senha<strong>da</strong> <strong>por</strong> Burle Marx.” (DÓRIA, 1975: 126)<br />

Dos artigos constantes no Arquivo do Autor, disponível na Fun<strong>da</strong>ção<br />

Casa <strong>de</strong> Rui Barbosa, fica claro que, embora se louvassem o empreendimento<br />

e as propostas do “Teatro <strong>de</strong> Câmera”, a Crítica não foi receptiva ao novo<br />

drama.<br />

E.L., escrevendo na coluna “Primeiras teatrais” um artigo intitulado<br />

“Cor<strong>da</strong> <strong>de</strong> Prata, no Glória” <strong>de</strong>screve como simpática e merecedora <strong>de</strong> aplauso<br />

a iniciativa do grupo. Assinala que o drama prossegue nas diretrizes já<br />

aponta<strong>da</strong>s anteriormente <strong>por</strong> <strong>Lúcio</strong>, que não ce<strong>de</strong> ao “teatralismo”: “Do aspecto<br />

do espetáculo, ele continua a ser sóbrio, ascético, seco, sem o solene e o<br />

hierático... o seu i<strong>de</strong>al seria, talvez, uma representação sem cenários.” Afirma<br />

que estes (os cenários) lhe pareceram muito pobres, embora “agradáveis e<br />

mo<strong>de</strong>rnos”, e afirma preferir cenários expressionistas para o teatro cardosiano.<br />

Destaca ain<strong>da</strong> os diálogos <strong>de</strong>sprovidos <strong>de</strong> verbalismo ou trocadilhos,<br />

preferindo a expressão mais simples e natural. Sua análise prossegue<br />

ressaltando que “A personagem ‘Gina’ centraliza a peça. As outras figuras são

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