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Diálogo e Comunicação Intercultural. A Educação com as - Inicio ...

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vida social, familiar e laboral integrada e digna.”<br />

Porém, para além do a<strong>com</strong>panhamento específico que<br />

cada criança portadora de deficiência exige e do consequente<br />

apoio especializado aos profissionais que <strong>com</strong> ela privam, a<br />

educação inclusiva – que integramos no conceito mais v<strong>as</strong>to<br />

de educação para a diversidade 2 (Loff, 2003) – encerra um<br />

processo de aprendizagem, contínuo e permanente, que deve<br />

permear todo o sistema educativo, para que a Escola <strong>com</strong>o<br />

um todo – o seu ambiente, a vida quotidiana, a sua organização<br />

administrativa, curricular e pedagógica, sem esquecer os<br />

materiais didácticos e de apoio, biblioteca, ludoteca,... – se<br />

estruture de maneira a poder reflecti-lo no acolhimento a cada<br />

um dos seus alunos, favorecendo um clima de interdependência<br />

e de igualdade de circunstânci<strong>as</strong> entre todos os que nele<br />

intervêm.<br />

Não devem, pois, ficar alheios a esta problemática os<br />

manuais escolares, dada a importância que é amplamente<br />

atribuída ao papel que desempenham, não apen<strong>as</strong> <strong>com</strong>o<br />

meros instrumentos pedagógicos, m<strong>as</strong> <strong>com</strong>o elo de ligação<br />

entre <strong>as</strong> decisões polític<strong>as</strong> e os professores, entre estes e os<br />

alunos e su<strong>as</strong> famíli<strong>as</strong> (Choppin, 1992; Tormenta, 1996). Se<br />

a<strong>com</strong>panharem a mudança e, mais do que isso, se a promoverem,<br />

podem tornar-se “instrumentos valiosos de inovação<br />

2 O conceito de educação intercultural ou de educação para a diversidade,<br />

tal <strong>com</strong>o o entendemos, envolve um “(...) processo <strong>com</strong>plexo de reconhecimento,<br />

<strong>com</strong>preensão e aceitação d<strong>as</strong> diferenç<strong>as</strong> em presença na sociedade<br />

e na escola, de criação democrática de oportunidades positiv<strong>as</strong> para os<br />

diferentes grupos culturais, sociais, étnicos, religiosos e sexuais – sem<br />

esquecer todos os tipos de deficiência – e de criação de percepções e atitudes<br />

culturais e transculturais positiv<strong>as</strong>” (Oliveira-Formosinho, 2000), numa<br />

interacção de igual para igual e não numa relação “(...) de dádiva, por parte<br />

de uns, e recepção, por parte de outros” (Leite, 2002:144). Traduz-se, na<br />

prática, num conjunto de objectivos (Anderson, 1988; Jordán Sierra, 1992;<br />

Ibáñez, 1993; Leite, 2002), apen<strong>as</strong> alcançáveis <strong>com</strong> uma presença efectivamente<br />

transversal de tod<strong>as</strong> <strong>as</strong> dimensões da diversidade no processo de<br />

ensino/aprendizagem, aproveitando-se para isso <strong>as</strong> potencialidades dos<br />

conteúdos programáticos previstos oficialmente ou <strong>com</strong>plementando-os, de<br />

modo adequado e sempre que necessário, implementando um certo número<br />

de estratégi<strong>as</strong> pedagógic<strong>as</strong> que lhe estão intrinsecamente <strong>as</strong>sociad<strong>as</strong> (Jordán<br />

Sierra, 1992; Lucini, 1994; Sá, 1994; Félix et al., 1998).<br />

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