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Diálogo e Comunicação Intercultural. A Educação com as - Inicio ...

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cerimónia, porém sem execução musical, pois D. Manuel<br />

havia falecido «hua sexta feira 13 de Dezembro do anno de<br />

1521 entre <strong>as</strong> dez e <strong>as</strong> onze or<strong>as</strong> da noute», 77 conforme nos<br />

diz o cronista Francisco d’Andrada:<br />

Foy aos dezanove de Dezembro, estando tudo ja<br />

preparado huma quinta feyra sahio o princepe dos<br />

paços da ribeyra, onde el Rey seu pay fallecera […]<br />

em hum cavallo ha b<strong>as</strong>tarda […] levava-o polla redea<br />

o ifante Dom Fernando seu irmão, e dom Antonio<br />

detaide, e dom Diogo de C<strong>as</strong>tro […] logo diante do<br />

princepe hia o infante dom Luis seu irmão […] diante<br />

do Ifante hia a cavallo dom João de meneses conde<br />

de Tarouca, prior do Crato, mordomo mór que fora<br />

del Rey dom Mannoel, e alferez mór do Reyno, o qual<br />

levava a bandeira enrolada: logo diante delle hiaõ<br />

todos os ministres, charamell<strong>as</strong>, trombet<strong>as</strong>,<br />

hataballes <strong>com</strong> ordem que por então não toc<strong>as</strong>sem<br />

os estromentos por respeitos da Rainha viuva;<br />

adiante delles hiaão os reys darm<strong>as</strong> […]. 78<br />

D. João III muito porfiou por que Portugal se torn<strong>as</strong>se<br />

uma nação verdadeiramente culta e superior. Com efeito, para<br />

que esse seu sonho se torn<strong>as</strong>se realidade, nunca recuou<br />

perante quaisquer dificuldades ou despes<strong>as</strong>, nem a sua<br />

generosidade para <strong>com</strong> os eruditos conheceu limites ou<br />

fronteir<strong>as</strong>. Foi um decidido protector d<strong>as</strong> letr<strong>as</strong>, subsidiando a<br />

publicação de divers<strong>as</strong> obr<strong>as</strong>, e ao qual muit<strong>as</strong> (de natureza<br />

musical e do âmbito d<strong>as</strong> Humanidades 79 ) foram dedicad<strong>as</strong>.<br />

77 Vd. Francisco d’ Andrada, Chronica do muyto alto e muyto poderoso rey<br />

Dom João, o III deste nome, Impressa em Lisboa <strong>com</strong> <strong>as</strong> licenç<strong>as</strong><br />

necessári<strong>as</strong> por Jorge Rodrigues, 1613, cap. 7, fl. 6-6 vº.<br />

78 Francisco d’ Andrada, op. cit., 1613, cap. 8, fl. 7; idem, Chronica do muyto<br />

alto e muyto poderoso rey Dom João, o III deste nome, Parte I, Coimbra, Na<br />

Real Officina da Universidade, 1796, vol. I, cap. 8, p. 21 e 22.<br />

79 Como exemplos de obr<strong>as</strong> do âmbito d<strong>as</strong> Humanidades, dedicad<strong>as</strong> a D.<br />

João III podemos referir de Fr. António de Beja, Breve doutrina e ensinança<br />

de príncipes (1525); de Fr. António de Guevara, Relox de principes (1529);<br />

de Francisco de Monçon, Principe christiano. Libro primero del espejo del<br />

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