12.06.2013 Views

Diálogo e Comunicação Intercultural. A Educação com as - Inicio ...

Diálogo e Comunicação Intercultural. A Educação com as - Inicio ...

Diálogo e Comunicação Intercultural. A Educação com as - Inicio ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

educativa e de transformação social” (Pinto, 1999:390). Por<br />

conseguinte, podem constituir – não só através do texto que<br />

encerram m<strong>as</strong> também, e muito particularmente, da imagem<br />

que o a<strong>com</strong>panha, ilustrando-o ou <strong>com</strong>pletando-o – um meio<br />

privilegiado no despertar da consciência de todos os actores<br />

educativos para a problemática referida anteriormente, <strong>as</strong>sim<br />

<strong>com</strong>o, de uma forma mais abrangente, para os fenómenos<br />

decorrentes da diversidade na sociedade actual, n<strong>as</strong> múltipl<strong>as</strong><br />

vertentes <strong>as</strong>sociad<strong>as</strong> – para além da deficiência – ao género<br />

sexual, ao nível sócio-económico, à etnia (nomeadamente, à<br />

cor da pele), à dicotomia rural/urbano, à faixa etária – para<br />

falar apen<strong>as</strong> d<strong>as</strong> mais <strong>com</strong>uns. Esses fenómenos aparecem<br />

muit<strong>as</strong> vezes conjugados numa mesma situação, aumentando<br />

o risco de exclusão e dificultando, pela sua <strong>com</strong>plexidade,<br />

uma intervenção adequada (Oliveira-Formosinho, 2000; Oliveira-Formosinho<br />

et al., 2001 / 2002).<br />

Ora, os manuais, ao reinterpretarem os conteúdos curriculares,<br />

podem inserir subtilez<strong>as</strong> de vários tipos – de índole<br />

política, social ou pedagógica – ou perpetuar divers<strong>as</strong> form<strong>as</strong><br />

de marginalização e discriminação (Gr<strong>as</strong>a, 1988, cit. em<br />

Luengo González e Maya Retamar, 1999:270), legitimando,<br />

graç<strong>as</strong> ao poder da palavra escrita e da imagem, modelos<br />

nem sempre positivos, que o(a) aluno(a) vai <strong>as</strong>similando, aos<br />

poucos, <strong>com</strong>o exemplos a seguir. E <strong>as</strong> consequênci<strong>as</strong> que<br />

daqui advêm <strong>as</strong>sumem particular relevância no 1.º CEB, já<br />

que os educandos se encontram, então, numa faixa etária<br />

particularmente receptiva ao que lhes é transmitido pelos<br />

adultos, sobretudo, no que respeita à inculcação e hierarquização<br />

dos valores, sendo “(...) à partida ainda pouco críticos,<br />

maleáveis a uma possível ortodoxia ideológica, científica e<br />

pedagógica, alienáveis pelo atractivo d<strong>as</strong> imagens e de outros<br />

artifícios e para quem a permanência impressa do conteúdo<br />

pode significar uma espécie de ‘verdade absoluta’, ao longo<br />

de muitos anos da sua vida. E é aqui que se instala o possível<br />

poder dos manuais escolares, cujo controlo foi tentado ao<br />

longo dos últimos séculos por tantos tipos de poder político”<br />

(Tormenta, 1996:11). Na verdade, longe de constituírem veículos<br />

neutros na transmissão de conhecimentos, meros auxi-<br />

114

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!