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Diálogo e Comunicação Intercultural. A Educação com as - Inicio ...

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cuidadosamente para o resultado.” (Bukland, apud Frade,<br />

1992, p. 71)<br />

Conclusão<br />

Concluiríamos esta reflexão sobre a literacia e a<br />

educação do olhar, dizendo que <strong>as</strong> imagens suscitam du<strong>as</strong><br />

“leitur<strong>as</strong>” ou, se <strong>as</strong>sim se preferir, uma leitura e uma “nãoleitura”.<br />

Parece-nos ainda <strong>as</strong>sim adequado, e para <strong>as</strong> du<strong>as</strong><br />

situações, falar de “<strong>com</strong>petência” a propósito do modo <strong>com</strong>o<br />

nos aproximamos del<strong>as</strong>. E julgamos igualmente pertinente<br />

insistir na ideia de que <strong>as</strong> <strong>com</strong>petênci<strong>as</strong> se adquirem, se<br />

treinam, se aperfeiçoam e, mais ainda, se rotinam.<br />

Todo o trabalho de desmontagem dos elementos<br />

gráficos, <strong>com</strong>positivos (sintáctico-semânticos) e históricosociológicos<br />

(pragmáticos) de um texto visual se insere nesta<br />

ordem de aproximação às imagens: uma imagem transporta<br />

informação, que o leitor não apreende se a não procurar. Para<br />

extrair o significado visual é necessário possuir os meios para<br />

fazê-lo: meios que, por um lado, dizem respeito à estrutura<br />

interna da linguagem visual (e que se aprendem <strong>com</strong>o quem<br />

aprende <strong>as</strong> regr<strong>as</strong> da leitura e da escrita) e que, por outro, se<br />

adquirem indagando os factores extra-icónicos que rodeiam a<br />

imagem. O que p<strong>as</strong>sa por procurar <strong>as</strong> respost<strong>as</strong> para<br />

pergunt<strong>as</strong> <strong>com</strong>o: Quem fabricou? Onde? Quando? Com que<br />

técnica/tecnologia? Com que intenções?<br />

Assim se lê uma imagem e <strong>as</strong>sim nos alfabetizamos<br />

visualmente.<br />

Na outra instância de relação <strong>com</strong> <strong>as</strong> imagens,<br />

propomos enfim que se regresse ao verbo ver, recuperando<br />

nele du<strong>as</strong> dimensões que nem sempre se cruzam: por um<br />

lado, a dimensão contemplativa do olhar (<strong>com</strong> tudo o que<br />

contém de espera, abertura ao inesperado, adormecimento de<br />

uma actividade de controlo); e, por outro, <strong>as</strong> su<strong>as</strong><br />

possibilidades tácteis (olhar haptisch), a concepção da retina<br />

<strong>com</strong>o uma pele.<br />

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