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Diálogo e Comunicação Intercultural. A Educação com as - Inicio ...

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epresentação global, n<strong>as</strong> imagens, dos portadores de deficiência<br />

que estão ausentes em 71% deles e, no domínio laboral,<br />

na sua totalidade. A atenção que dedicámos à presença<br />

de portadores de óculos – dada a diferenciação de que são<br />

alvo, às vezes, por parte dos coleg<strong>as</strong>, no domínio escolar –<br />

viria a revelar também uma representação pouco expressiva,<br />

sobretudo na população mais jovem <strong>com</strong> a qual os destinatários<br />

destes manuais se identificam mais directamente.<br />

Esta forma de lidar <strong>com</strong> a deficiência reflecte-se, de<br />

forma evidente, no modo <strong>com</strong>o os autores ensinam a lidar<br />

<strong>com</strong> ela, o que não é de estranhar, pois ser um(a) professor(a)<br />

intercultural <strong>com</strong>petente p<strong>as</strong>sa obrigatoriamente por<br />

uma sólida formação <strong>com</strong>o pessoa intercultural (Nieto, 1992,<br />

cit. em Zeichner, 1993:99). Na verdade, o panorama não é<br />

mais animador no que respeita à inclusão de <strong>as</strong>suntos relacionados<br />

<strong>com</strong> esta problemática tão sensível. Uma análise<br />

global do Quadro 4 revela que é ainda a omissão que impera<br />

no ensino dispensado no âmbito desta dimensão da educação<br />

para a diversidade. Consideramos, além disso, muito tímid<strong>as</strong><br />

e dem<strong>as</strong>iado isolad<strong>as</strong> <strong>as</strong> tentativ<strong>as</strong> que encontrámos neste<br />

sentido e a sua ocorrência, à excepção de muito poucos<br />

manuais, é directamente determinada pelos requisitos explicitados<br />

no programa em vigor, repousando a exploração excessivamente<br />

sobre o(a) docente-utilizador(a). Este estatismo<br />

generalizado pactua, mesmo que involuntariamente, <strong>com</strong> o<br />

culto ao <strong>as</strong>pecto físico prevalecente na sociedade actual, que<br />

pode tornar-se cat<strong>as</strong>trófico para <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> <strong>com</strong> NEE quando<br />

aliado ao “estigma social que a<strong>com</strong>panha a condição de deficiência”,<br />

<strong>as</strong>sente numa “tríade de conceitos sociais que <strong>com</strong>porta<br />

o preconceito, a estereotipia e a discriminação” (Oliveira-Formosinho<br />

e Araújo, 2002(b):98), gerando nel<strong>as</strong> expectativ<strong>as</strong><br />

de dependência e a desvalorização pessoal e social.<br />

Por outro lado, <strong>com</strong>o atesta ainda o Quadro 4, esta<br />

dimensão da diversidade não mereceu um tratamento homogéneo<br />

ao longo dos quatro anos de escolaridade, estando<br />

praticamente ausente nos dois últimos. Falha, pois, uma d<strong>as</strong><br />

principais característic<strong>as</strong> inerentes à educação para a diversidade:<br />

a sua transversalidade.<br />

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