12.06.2013 Views

Diálogo e Comunicação Intercultural. A Educação com as - Inicio ...

Diálogo e Comunicação Intercultural. A Educação com as - Inicio ...

Diálogo e Comunicação Intercultural. A Educação com as - Inicio ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

na improvisação (Birkett 1995). As técnic<strong>as</strong> de improvisação<br />

requerem o domínio de padrões formais (Nettl & Russel 1998)<br />

e segundo Sternberg (2000): o desenvolvimento da memória e<br />

da capacidade de análise exigido pelo estudo do jazz,<br />

favorecem <strong>as</strong> capacidades de interpretar música escrita,<br />

<strong>as</strong>sim <strong>com</strong>o motivam os alunos para aprender. Para Gellrich<br />

(1995), o ensino da improvisação deve ser dividido em<br />

divers<strong>as</strong> áre<strong>as</strong> e articulado <strong>com</strong> o ensino tradicional.<br />

A Improvisação na Música Erudita<br />

A <strong>com</strong>posição sempre mereceu maior atenção por<br />

parte dos musicólogos do que a improvisação, no entanto,<br />

Bruno Nettl e Melinda Russell propõem-se inverter esta<br />

tendência <strong>com</strong> a sua obra Studies in the World of Musical<br />

Improvisation, na qual fazem uma profunda abordagem da<br />

improvisação ao longo da História da Música, referindo<br />

também muitos autores que se têm preocupado <strong>com</strong> esta<br />

temática, tant<strong>as</strong> vezes negligenciada pelos estudiosos (Nettl<br />

1998).<br />

A improvisação na música erudita, no seio da cultura<br />

ocidental na qual se b<strong>as</strong>eia a musicologia, tem sido<br />

cl<strong>as</strong>sificada <strong>com</strong>o: (1) algo definitivamente diferente da<br />

interpretação e da pré-<strong>com</strong>posição, (2) imitação de pré<strong>com</strong>posição<br />

<strong>com</strong> a ajuda de notação, (3) a essência da<br />

<strong>com</strong>posição na qual há uma transmissão oral, (4) uma arte na<br />

qual os grandes <strong>com</strong>positores se notabilizaram, (5) uma<br />

habilidade m<strong>as</strong> não uma arte, (6) algo para ser avaliado na<br />

mesma conjuntura da <strong>com</strong>posição, (7) um processo que não<br />

pode ser explicado ou analisado e (8) um tipo de música<br />

realizada em cultur<strong>as</strong> musicais fora d<strong>as</strong> regr<strong>as</strong> estabelecid<strong>as</strong><br />

pela cultura ocidental (Nettl 1998).<br />

Para John Baily (Nettl et al 1998), “Improvisação é a<br />

intenção de criar uma obra musical única no acto da<br />

interpretação”, enquanto Hans Joachim Mose (Nettl et al<br />

1998) se lhe refere <strong>com</strong>o: “uma criação espontânea de um<br />

trabalho musical no verdadeiro sentido, usando form<strong>as</strong><br />

predefinid<strong>as</strong> e princípios pré-estabelecidos”. Mose defende<br />

143

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!