12.06.2013 Views

Diálogo e Comunicação Intercultural. A Educação com as - Inicio ...

Diálogo e Comunicação Intercultural. A Educação com as - Inicio ...

Diálogo e Comunicação Intercultural. A Educação com as - Inicio ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

durável, <strong>as</strong>sim <strong>com</strong>o a utilização pioneira do fogo de artifício, 89<br />

<strong>com</strong>ponente indispensável do aparato festivo. Na definição do<br />

ambiente d<strong>as</strong> fest<strong>as</strong> polític<strong>as</strong>, a música <strong>as</strong>sume um papel de<br />

crescente relevo, além de uma <strong>com</strong>ponente essencial da<br />

“mostrança” da imagem do poder.<br />

Em 1540, a vida do palácio real era animada por oito<br />

músicos de câmara e cinquenta e dois cantores.<br />

Do primeiro grupo referimos seis: Mestre João,<br />

organista, Nicolau Escobar, harpista, os espanhóis João de<br />

Badajoz, António de Baena e seu pai Gonçalo Baena, e o<br />

flamengo Brigomão, organista.<br />

Entre os cantores, qu<strong>as</strong>e todos portugueses,<br />

seleccionados nos melhores centros musicais do país,<br />

contavam-se António Nogueira, cónego de Santa Cruz,<br />

Manuel Pais, do convento de Cristo, Francisco Teixeira, do<br />

arcebispado de Braga, Seb<strong>as</strong>tião Ribeiro, da Sé de Lamego,<br />

Martim Rodrigues, que servia em Santiago. Também havia<br />

alguns espanhóis, <strong>com</strong>o André de Torres, Nicolau de<br />

Valdivieso e Bartolomeu Trosylho, 90 que mais tarde foi<br />

chamado a exercer a função de organista. 91<br />

O músico profissional da época deveria ter uma<br />

excelente formação humanista e musical, conforme os<br />

parâmetros de então: cantochão, canto de órgão e tanger<br />

tecla, mais precisamente, órgão e harpa, ou mesmo<br />

clavicórdio.<br />

Devemos aqui referir que, nesta época, os<br />

<strong>com</strong>positores raramente especificavam o instrumento a que<br />

se destinavam <strong>as</strong> su<strong>as</strong> obr<strong>as</strong>, sendo habitual executá-l<strong>as</strong> no<br />

órgão, cravo, clavicórdio ou mesmo harpa — lembremos a<br />

habitual indicação presente n<strong>as</strong> edições ibéric<strong>as</strong>: “para tecla,<br />

89 Vd. D. António Caetano de Sousa, Prov<strong>as</strong> Genealógic<strong>as</strong> da C<strong>as</strong>a Real<br />

Portuguesa, Coimbra, Atlântida, 1954, vol. VI, II parte, p. 21.<br />

90 Sobre este cantor e músico de câmara de D. João III, vd. Sousa Viterbo,<br />

“Os mestres da capella real nos reinados de D. João III e de D. Seb<strong>as</strong>tião”,<br />

Archivo Historico Portuguez 4 (Lisboa, 1906) 20-23.<br />

91 A corte portuguesa, <strong>com</strong>o <strong>as</strong> outr<strong>as</strong> cortes europei<strong>as</strong> tinha pelo menos<br />

dois organist<strong>as</strong>.<br />

253

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!