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Diálogo e Comunicação Intercultural. A Educação com as - Inicio ...

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A improvisação<br />

Apesar de a improvisação no jazz estar no centro d<strong>as</strong><br />

atenções, e ser objecto de estudo por parte de muitos, a<br />

verdade é que está presente na música desde a antiguidade e<br />

um pouco por todo o mundo: música persa, árabe, hindu, ou<br />

no Zimbabué, Java, em toda a África, etc. No Barroco a<br />

improvisação teve um papel preponderante, pois muit<strong>as</strong> d<strong>as</strong><br />

obr<strong>as</strong> dessa época continham secções improvisad<strong>as</strong>. No<br />

entanto, a improvisação ainda sobreviveu no Cl<strong>as</strong>sicismo (por<br />

exemplo <strong>as</strong> cadênci<strong>as</strong> dos concertos eram improvisad<strong>as</strong>),<br />

sendo esta tradição reduzida durante o Romantismo devido à<br />

afirmação do <strong>com</strong>positor, do maestro e d<strong>as</strong> grandes<br />

estrutur<strong>as</strong> musicais em detrimento do intérprete que ficou sem<br />

grande parte da sua liberdade criativa (improvisação) – já que<br />

ficou limitado à partitura predefinida pelo <strong>com</strong>positor e à<br />

direcção do maestro.<br />

A improvisação é vista, muit<strong>as</strong> vezes, <strong>com</strong>o uma<br />

capacidade inata que alguns músicos possuem m<strong>as</strong>, na<br />

verdade, os grandes improvisadores fizeram muit<strong>as</strong><br />

experiênci<strong>as</strong>, estudaram muitos exercícios, e fizeram muit<strong>as</strong><br />

tentativ<strong>as</strong> até atingir solos marcantes; tendo de algum modo<br />

presente, consciente ou inconscientemente, na prática<br />

musical alguns dos conceitos teóricos “tradicionais”. Por isso<br />

acreditamos que esta prática deve ser integrada na<br />

aprendizagem musical desde o início.<br />

Apesar de a improvisação ter um papel fulcral na<br />

criatividade musical ao longo de toda a história da música, no<br />

ensino tradicional em Portugal esta prática não está muito<br />

difundida fora do âmbito d<strong>as</strong> escol<strong>as</strong> de jazz. Como previsto<br />

no acordo de Bolonha para a unificação do sistema de ensino<br />

superior na Europa, são muitos os autores que se referem à<br />

importância do ensino da improvisação n<strong>as</strong> escol<strong>as</strong> oficiais<br />

<strong>com</strong>o forma de desenvolver a criatividade musical, <strong>as</strong>sim<br />

<strong>com</strong>o <strong>as</strong>pectos de desenvolvimento auditivo e intelectual<br />

(Pressing 1998). Pensamos que é tempo de incluir a<br />

improvisação logo desde o início da formação musical de uma<br />

pessoa. É importante estudar <strong>as</strong> escal<strong>as</strong> e os arpejos não só<br />

por razões de ordem técnica m<strong>as</strong> <strong>com</strong> vista à sua utilização<br />

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