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hebreus e filisteus na terra de canaã - Repositório Aberto da ...

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223<br />

que se apresentavam mais como emigrantes invasores que como<br />

sol<strong>da</strong>dos atacantes. A i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>stes invasores, tirando talvez os<br />

Eeleshet (^Filisteus) , constitui um quebra-cabeças hermenêutico.<br />

O texto cita também países que não pu<strong>de</strong>ram resistir à invasão e<br />

aponta lugares por on<strong>de</strong> passaram os invasores: Hani, Kodi, Karkemish,<br />

Yeseth, Yeres. Diz mesmo que um campo foi levantado em Amor<br />

(Amurru), ou seja, no norte <strong>da</strong> Síria. Põe ain<strong>da</strong> o faraó a dizer que<br />

organizou o afrontamento "<strong>na</strong> minha fronteira <strong>de</strong> Diahi" (=Síria).<br />

Com estes <strong>da</strong>dos, fica-se com a convicção <strong>de</strong> que os "Povos do Mar"<br />

eram asiáticos, gente dos "países <strong>da</strong> montanha" e não nóma<strong>da</strong>s do<br />

<strong>de</strong>serto, que conseguiram por, <strong>terra</strong> e por mar, atingir o <strong>de</strong>lta do Nilo. 0<br />

faraó batera-os antes nos seus próprios territórios e até lhes queimara<br />

as árvores. Ora, tudo isto, por conseguinte, parece levar-nos para a<br />

região arboriza<strong>da</strong> do Líbano, cuja ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> cedro os egípcios<br />

apreciavam e compravam 23 . To<strong>da</strong>via, não po<strong>de</strong>mos tirar conclusões<br />

apodíticas, porque também isto po<strong>de</strong> ser consequência dum esteriótipo<br />

literário usado pelo escriba, já que, <strong>de</strong> igual modo, se diz que Ramses ÏI<br />

queimara as árvores após a batalha <strong>de</strong> Qa<strong>de</strong>sh. De resto, no texto ain<strong>da</strong><br />

se po<strong>de</strong>m anotar algumas hipérboles ("nenhum país pô<strong>de</strong> resistir-lhes",<br />

"circuito <strong>da</strong> <strong>terra</strong>") que <strong>de</strong>notam o carácter encomiasta e artificial <strong>da</strong><br />

<strong>na</strong>rrativa. No fim, porém, o faraó <strong>de</strong>clara-se ape<strong>na</strong>s "senhor dos Nove<br />

Arcos" isto é, domi<strong>na</strong>dor dos territórios dos inimigos tradicio<strong>na</strong>is do<br />

EgiptO 24.<br />

Uma questão hermenêutica grave se põe após a leitura <strong>de</strong>stas<br />

duas inscrições: terá, efectivamente, havido duas batalhas? Embora as<br />

circunstâncias <strong>de</strong>scritas <strong>na</strong>s duas inscrições sejam algo diferentes, como<br />

23 "ANET", 262-263.<br />

24 NIBBI.A. - O, c, 40-45.

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