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hebreus e filisteus na terra de canaã - Repositório Aberto da ...

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238<br />

Por sua vez, o faraó Ramses III diz que <strong>de</strong>rrotou os Denyen <strong>na</strong>s<br />

ilhas mas só dos Weshesh diz serem do mar: "os Weshesh do mar".<br />

Os historiadores têm procurado i<strong>de</strong>ntificar os nomes <strong>de</strong>stes povos<br />

transcritos nos hieróglifos com nomes <strong>de</strong> povos conhecidos <strong>na</strong> tradição<br />

clássica. Contudo, a partir <strong>da</strong>queles nomes, e só com eles, não se po<strong>de</strong><br />

chegar a conclusões seguras e a uma situação histórica concreta e<br />

<strong>de</strong>fini<strong>da</strong>. Ape<strong>na</strong>s, <strong>de</strong> forma hipotética, se traça o seu <strong>de</strong>slocamento que,<br />

<strong>na</strong>s fontes egípcias, favorece a tese duma "emigração anfíbia" 45.<br />

É <strong>de</strong> estranhar que os micenos, a cuja cultura tanto se diz<br />

ligarem-se os restos materiais atribuídos aos <strong>filisteus</strong> <strong>de</strong> Ca<strong>na</strong>ã, nunca<br />

sejam citados nos textos egípcios anteriores a Ramses III, quando eles, a<br />

ser assim, melhor que ninguém, estariam em condições <strong>de</strong> fornecer<br />

transporte marítimo para tão numerosa gente 46; a não ser que, <strong>de</strong>pois<br />

<strong>da</strong> <strong>de</strong>struição <strong>de</strong> Mice<strong>na</strong>s, eles próprios tivessem emparceirado com<br />

estes povos emigrantes e invasores. Mas, então, porque é que só<br />

aparecem citados nos textos <strong>de</strong> Ramses III e não nos <strong>de</strong> Merenptah? Na<br />

reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, os "Povos do Mar" ain<strong>da</strong> continuam um enigma, mesmo <strong>de</strong>pois<br />

<strong>de</strong> tantos estudos lhes terem sido <strong>de</strong>dicados, como se <strong>de</strong>preen<strong>de</strong> <strong>da</strong><br />

bibliografia apresenta<strong>da</strong> por nós; talvez até seja <strong>de</strong> pôr <strong>de</strong> lado, pela<br />

crítica histórica mais exigente, a <strong>de</strong>sig<strong>na</strong>ção <strong>de</strong> "Povos do Mar". Parece,<br />

entretanto claro, para já, que se <strong>de</strong>veria falar <strong>de</strong> duas on<strong>da</strong>s <strong>de</strong> "Povos<br />

do Mar":<br />

I a on<strong>da</strong> : É <strong>de</strong>tecta<strong>da</strong> <strong>na</strong> estela do ano 5 o <strong>de</strong> Merenptah, cerca <strong>de</strong><br />

1231 AC, quando se diz que os povos estrangeiros, juntamente com<br />

líbios, tentaram invadir o Egipto.<br />

45 EFENTERRE, Henri van - Mycenes. Vie et Mort d'une Civilization ,<br />

Paris, Éditions Errance, 1985, 176.<br />

46 DONADONI, G. - Egei ed Egiziani , MUSTI, D. - Le Origini <strong>de</strong>i Greci, Don ,<br />

e mondo egeo ,Bari, 1985 , 207-211.

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