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hebreus e filisteus na terra de canaã - Repositório Aberto da ...

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365<br />

O registo <strong>da</strong> "Batalha Naval", gravado no muro nor<strong>de</strong>ste do<br />

Templo <strong>de</strong> Medinet-Habu, me<strong>de</strong> aproxima<strong>da</strong>mente 6 x 12. Tem <strong>de</strong><br />

comprimento quase o triplo <strong>da</strong> altura, po<strong>de</strong>ndo, esquematicamente,<br />

dividir-se em 4 secções, como vimos no <strong>de</strong>senho acima, dispostas <strong>da</strong><br />

esquer<strong>da</strong> para a direita e <strong>de</strong> cima para baixo. A secção 1 reproduz a<br />

batalha propriamente dita com o afrontamento <strong>de</strong> 4 barcos egípcios e 5<br />

barcos inimigos; a secção 2 apresenta duas filas <strong>de</strong> prisioneiros<br />

conduzidos para a festa <strong>da</strong> vitória; a secção 3 mostra o faraó triunfante<br />

no seu carro <strong>de</strong> guerra aprestando o arco; a secção 4 abrange<br />

representações <strong>da</strong>s forças do faraó. Tem-se a impressão clara <strong>de</strong> que o<br />

artista, como nota Nelson, introduziu no relevo <strong>da</strong> "Batalha Naval" uma<br />

nota cronológica <strong>de</strong> medi<strong>da</strong> temporal. De facto, parece que estamos a<br />

assistir à progressão dos vários momentos <strong>da</strong> batalha, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o seu início<br />

até à vitória fi<strong>na</strong>l dos egípcios. O artista não quis aten<strong>de</strong>r a pormenores<br />

mas, em termos gerais, preten<strong>de</strong>u <strong>da</strong>r uma visão <strong>de</strong> conjunto. Ora isto<br />

faz a diferença com o gran<strong>de</strong> e mais antigo relevo <strong>da</strong> batalha <strong>de</strong> Qa<strong>de</strong>sh<br />

sob Ramses II no Ramesseum <strong>da</strong> margem esquer<strong>da</strong> <strong>de</strong> Tebas e, por isso,<br />

marece ser aqui assi<strong>na</strong>lado como uma espécie <strong>de</strong> avanço técnico-<br />

artístico <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> gran<strong>de</strong> arte mural egípcia.<br />

Concentremos, agora, a nossa atenção <strong>na</strong> secção 1 e examinemos<br />

os barcos. Os 4 barcos egípcios po<strong>de</strong>m reconhecer-se pela maneira <strong>de</strong><br />

vestir dos sol<strong>da</strong>dos e seu equipamento. Trata-se <strong>de</strong> barcos compridos,<br />

com vários pares <strong>de</strong> remos (8, 10, 11), apetrechados <strong>de</strong> velas iça<strong>da</strong>s e<br />

proa <strong>de</strong>cora<strong>da</strong> com cabeça <strong>de</strong> leoa <strong>de</strong> fauces hiantes, a lembrar a <strong>de</strong>usa<br />

leoa Sekhmet. Os 5 barcos dos "Povos do Mar", apanhados como que<br />

numa armadilha entre os barcos egípcios, são menos compridos, <strong>de</strong><br />

fundo chato, como se po<strong>de</strong> ver pelo barco, que está virado; só têm um<br />

Par <strong>de</strong> remos para gover<strong>na</strong>ção do barco e as velas estão iça<strong>da</strong>s como

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