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hebreus e filisteus na terra de canaã - Repositório Aberto da ...

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391<br />

cujas redon<strong>de</strong>zas venceram o rei Saúl (cerca <strong>de</strong> 1020-1004 AC) dos<br />

<strong>hebreus</strong> (I Sam, 31,8-13).<br />

Em conclusão, os templos <strong>filisteus</strong> <strong>de</strong> Ca<strong>na</strong>ã, pelo que vimos, não<br />

apresentam gran<strong>de</strong>s peculiari<strong>da</strong><strong>de</strong>s quanto à sua arquitectura religiosa.<br />

Manterão, <strong>de</strong> facto, esses templos, atribuidos aos <strong>filisteus</strong> nos sécs. XII-<br />

X AC, relações com os templos do mundo egeu e <strong>de</strong> Chipre, como<br />

querem os arqueólogos israelitas? É que os templos <strong>de</strong> Tell Qasile e <strong>de</strong><br />

Eqron, <strong>da</strong>táveis dos sécs. XII-X AC, não são suficientemente eluci<strong>da</strong>tivos<br />

22 . A resposta, por isso, terá <strong>de</strong> ser complexa e não po<strong>de</strong> basear-se<br />

ape<strong>na</strong>s em semelhanças tipológicas. Na reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, Mazar insiste <strong>na</strong>s<br />

razões tipológicas (plano, medi<strong>da</strong>s, orientação, acesso) e serve-lhe <strong>de</strong><br />

critério <strong>de</strong> evidência sobre a origem dos mo<strong>de</strong>los a i<strong>de</strong>ia do<br />

difusionismo cultural, tendo o mundo egeu como ponto <strong>de</strong> parti<strong>da</strong>. Mas<br />

autores tais como Shaefer e Stern consi<strong>de</strong>ram aqueles templos quase<br />

sub-tipos ca<strong>na</strong>neus (ca<strong>na</strong>neo-egípcios) pertencendo ao legado do Bronze<br />

Tardio. Há, pois, que aten<strong>de</strong>r a outros elementos encontrados, como a<br />

cerâmica, a factores culturais, religiosos, sociais e, sobretudo, à<br />

capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> huma<strong>na</strong> <strong>de</strong>, em circunstâncias idênticas por razões idênticas,<br />

encontrar soluções idênticas. Neste sentido, portanto, não se po<strong>de</strong><br />

apoditicamente, "sic et simpliciter", afirmar que os templos "<strong>filisteus</strong>" <strong>de</strong><br />

Ca<strong>na</strong>ã <strong>de</strong>calquem mo<strong>de</strong>los egeus, por mais que ali encontremos algo <strong>de</strong><br />

muito parecido.<br />

Conclusão - Vista à luz <strong>da</strong> Bíblia, a religião dos <strong>filisteus</strong> aparece-<br />

nos totalmente ca<strong>na</strong>aniza<strong>da</strong> através <strong>da</strong> osmose religiosa ou sincretismo<br />

em que eles foram caindo à medi<strong>da</strong> que se semitizavam culturalmente.<br />

Os seus <strong>de</strong>uses são, afi<strong>na</strong>l, <strong>de</strong>uses ca<strong>na</strong>neus: Dagon, Baal, Astarte. Quanto<br />

a ritos e cerimónias, a Bíblia <strong>na</strong><strong>da</strong> acrescenta.<br />

22 BURDAJEWICZ, Mariusz -O.C., 105-111.

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