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hebreus e filisteus na terra de canaã - Repositório Aberto da ...

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David e os <strong>filisteus</strong> (I Sam. 16; II Sam.,1-1 Re. 2). O rei David é,<br />

sem dúvi<strong>da</strong>, o gran<strong>de</strong> obreiro <strong>da</strong> mo<strong>na</strong>rquia unifica<strong>da</strong> <strong>de</strong> Israel, o<br />

heróico domi<strong>na</strong>dor dos <strong>filisteus</strong>. O cicio <strong>na</strong>rrativo dos seus feitos<br />

começa, logo, em tempos <strong>de</strong> Saúl, com a unção real <strong>da</strong><strong>da</strong> pelo profeta<br />

Samuel (I Sam. 16) e atinge o seu climax emocio<strong>na</strong>l com o lendário<br />

afrontamento do pequeno David e do gigante Golias {I Sam. 17).<br />

Voltaremos à a<strong>na</strong>lise <strong>de</strong>ste duelo singular para realçar o que ele tem <strong>de</strong><br />

emblemático e signifcativo.<br />

Todo o ciclo <strong>de</strong> David, enquanto figura fun<strong>da</strong>dora e tutelar do<br />

reino glorioso <strong>de</strong> Israel, está impreg<strong>na</strong>do do sobre<strong>na</strong>tural. E se a<br />

história Dtr. ain<strong>da</strong> mostra o claro-escuro <strong>da</strong>s suas virtu<strong>de</strong>s e pecados, já<br />

a história do Cronista (I Cr. 11-29) esquece as suas <strong>de</strong>ficiências, exalta<br />

as suas acções e faz <strong>da</strong> oração <strong>de</strong> David um autêntico hino litúrgico <strong>de</strong><br />

acção <strong>de</strong> graças, ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro Te Deum <strong>de</strong> louvor (I Cr. 29,10). O rei<br />

David "faleceu numa feliz velhice, cheio <strong>de</strong> dias, <strong>de</strong> riquezas e <strong>de</strong> glória"<br />

(I Cr. 29,28).<br />

Na mentali<strong>da</strong><strong>de</strong> hebraica antiga, assim viviam e morriam os<br />

homens <strong>de</strong> Deus, os justos; por isso não é <strong>de</strong> admirar que, <strong>na</strong> galeria dos<br />

heróis e santos <strong>de</strong> Israel, o autor do Eclesiástico "canonizasse" David<br />

como um "separado <strong>de</strong>ntre os filhos <strong>de</strong> Israel" ( Eclo. 47,2), isto é, um<br />

eleito <strong>de</strong> Deus, um autêntico "<strong>na</strong>zir".<br />

Na trajectória <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> David, relativamente aos <strong>filisteus</strong>,<br />

encontramos algo <strong>de</strong> contraditório, que só o carácter lendário e popular<br />

<strong>da</strong>s <strong>na</strong>rrativas permite associar. Com efeito, David aparece <strong>na</strong> liça<br />

notoriamente associado a Saúl e enfatizando a vitória contra os <strong>filisteus</strong><br />

no célebre duelo com Golias (I Sam. 17).

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