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hebreus e filisteus na terra de canaã - Repositório Aberto da ...

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Como seriam construídos esses templos é coisa que não pren<strong>de</strong> a<br />

atenção dos hagiógrafos, tanto mais que as suas informações são tardias<br />

e não parecem reflectir a visuali<strong>da</strong><strong>de</strong> dum observador. No templo <strong>de</strong><br />

Dagon, em Gaza, fala-se <strong>de</strong> "colu<strong>na</strong>s que sustém" o edficício e <strong>da</strong>s três<br />

mil pessoas que "contemplavam <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o tecto" mas isso po<strong>de</strong>rá ter<br />

Pouco a ver com a factuali<strong>da</strong><strong>de</strong> do edifício sendo ape<strong>na</strong>s um elemento<br />

<strong>na</strong>rrativo (Jz. 16,25-26). Mas este é um ponto em que a arqueologia<br />

<strong>de</strong>pois, po<strong>de</strong>rá vir em nosso auxílio.<br />

1.3 - Práticas religiosas. A religião dos <strong>filisteus</strong>, sendo uma religião<br />

<strong>de</strong> tempos preclássicos e bastante primitivos, era, com certeza, uma<br />

religião <strong>de</strong> tipo mágico através <strong>da</strong> qual o homem, <strong>na</strong>turalmente, tentava<br />

manipular os próprios <strong>de</strong>uses. Certamente que os <strong>filisteus</strong> tinham<br />

sacerdotes para o culto dos templos mas eles funcio<strong>na</strong>vam ain<strong>da</strong> como<br />

adivinhos (I Sam.6,2), estimados pelos próprios <strong>hebreus</strong> (Is.2,6:<br />

"agoureiros dos <strong>filisteus</strong> "- CJaí), seus vizinhos, a ponto do rei Ahaziah<br />

(Ocozias) <strong>de</strong> Israel (852-851 AC), num momento <strong>de</strong> aflição, ter recorrido<br />

ao oráculo do templo <strong>de</strong> Baal-Zebub em Eqron (II Re.1,2-18).<br />

Um dos elementos indicativos duma prática religiosa,<br />

supersticiosa e mágica era a crença <strong>na</strong> protecção <strong>da</strong>s imagens dos<br />

<strong>de</strong>uses chamados D* 1 ?, p (estatuetas ou ídolos), pM>, à maneira <strong>de</strong><br />

talismã e penhor <strong>de</strong> vitória, eram levados para a frente <strong>da</strong>s batalhas (I<br />

Sam.31,9; II Sam.5,21). Esta crença, comum às religiões; funcio<strong>na</strong> como<br />

um dos arquétipos <strong>da</strong> crença <strong>de</strong> todos os povos e não precisa <strong>de</strong> ser<br />

explica<strong>da</strong> <strong>de</strong> modo difusionista 10. Tal prática será confirma<strong>da</strong> no<br />

Período mais recente dos Macabeus, séc.Il AC (II Mac. 12,40).<br />

10 HINDSON EF - O c. 32-34. O A. vê nesta crença uma indicação <strong>da</strong><br />

Origem eeeia* dos "<strong>filisteus</strong>. Nós, como argumento "ad hominem",<br />

PereunrsT-ítm An<strong>de</strong> é aue os <strong>hebreus</strong> teriam ido buscar a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> levar a<br />

*rca <strong>da</strong> AlSSça para a frente <strong>de</strong> batalha (I Sam. 4-6). Assim Golias e David<br />

USam. 17,43-45).

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