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hebreus e filisteus na terra de canaã - Repositório Aberto da ...

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270<br />

sempre, porém, protegido pela força mágica dos seus cabelos, enquanto<br />

materialização ou elemento mediático do po<strong>de</strong>r do Espírito do Senhor.<br />

Também merece atenção a maneira levia<strong>na</strong> como ele quebrava o<br />

voto <strong>de</strong> <strong>na</strong>zirato contraindo casamentos mistos, <strong>de</strong> tipo "bee<strong>na</strong>" 14, e<br />

rigorosamente proibidos a quaisquer israelitas (Ex. 34,16; Dt. 7,3),<br />

envere<strong>da</strong>ndo mesmo pela prática <strong>de</strong> prostituição com a bela Dalila.<br />

Fi<strong>na</strong>lmente, observe-se como a nota cronológica <strong>de</strong> que Sansão foi<br />

juiz <strong>de</strong> Israel "durante vinte anos" (Jz. 15,20) reveste o aspecto <strong>de</strong> certo<br />

artificialismo, como se se tratasse dum apontamento historicizante<br />

introduzido pelo re<strong>da</strong>ctor fi<strong>na</strong>l para colocar as histórias lendárias <strong>de</strong><br />

Sansão no contexto <strong>da</strong> História dos Juizes; quiçá mesmo, esteja<br />

<strong>de</strong>sloca<strong>da</strong>, aqui, a meio <strong>da</strong> <strong>na</strong>rrativa, fazendo duplicado com a<br />

observação lógica e fi<strong>na</strong>i <strong>de</strong> Jz. 16,31.<br />

Por tudo isto, somos levados a concluir que Sansão é uma figura<br />

lendária, cria<strong>da</strong> pelo colectivo popular para emblematizar as lutas<br />

atura<strong>da</strong>s que os israelitas tiveram <strong>de</strong> travar contra os <strong>filisteus</strong> a<br />

quando <strong>da</strong> ocupação <strong>da</strong> <strong>terra</strong> <strong>de</strong> Ca<strong>na</strong>ã.<br />

Neste sentido, Sansão <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rado como um herói épico,<br />

ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira antecipação do David histórico e, também ele, com as suas<br />

14<br />

A instituição do "<strong>na</strong>zirato" está <strong>de</strong>scrita em Num. 6. Nazir quer dizer<br />

"semrado ronsaerado" e assentava num voto, temporaneo ou perpetuo,<br />

QuTtaoHcavaTf atenção <strong>de</strong> bebi<strong>da</strong>s alcoólicas, a proibição <strong>de</strong> cortar os<br />

? a t o e S S S o com mortos. A Bíblia refere os casos <strong>de</strong> Sansão,<br />

Samue tlez S João Baptista, e até S. Paulo é citado como tendo feito um<br />

vo?o <strong>de</strong>ssa <strong>na</strong>tureza. Muitos cristãos adoptaram-no. <strong>de</strong>pois, e nele se<br />

fu<strong>na</strong>aïentarmo<strong>na</strong>quismo cristão ^ . ^ S ^ r ã S S ^ Pa^fce f<br />

DE VAUX, Roland - Les Institutions <strong>de</strong> I Ancien Testament II, Paris Cerf<br />

I960 ifi 1-362 Sobre o casamento "bee<strong>na</strong> , Cfr./bi<strong>de</strong>m , 1, 1958, 52. Esta<br />

<strong>de</strong>lg<strong>na</strong>cào bee<strong>na</strong> é tiVa<strong>da</strong> dos emografos, que estu<strong>da</strong>ram as populações<br />

*„2£S2a^Hmirivas<strong>da</strong>s autóctones éprouvas <strong>da</strong>s ilhas un Ceilão, on<strong>de</strong> o marido <strong>de</strong>ixa a casa <strong>de</strong> seus<br />

esta terminoiogia<br />

tar sua<br />

ïï^ïïïdSïïaîoi^» ^ a P e<strong>na</strong>s ^ e sansào ia a Tim<strong>na</strong> r<br />

m ^ ^ T d ^ e ele se tivesse transferido para a casa dos sogros<br />

nem muito menos se tivesse incorporado no seu cia.

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