12.11.2015 Views

BIBLIA MECANICA AUTOMOTIVA

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Os automóveis com transmissão automática utilizam, na sua<br />

maioria, um conversor do torque. Um aumento do torque<br />

equivale a uma mudança para uma velocidade mais baixa; um<br />

conversor do torque constitui, assim, um redutor de<br />

velocidade que age como um conjunto extra de engrenagens,<br />

antes de a ação do motor se fazer sentir na caixa de<br />

mudanças.<br />

Tal como a embreagem hidráulica, o conversor apresenta uma<br />

bomba acionada pelo motor e uma turbina que está ligada ao<br />

eixo primário da caixa de câmbio. Pode fornecer um torque<br />

mais elevado do que o gerado pelo motor, já que apresenta<br />

também, entre a bomba e a turbina, uma pequena roda com<br />

pás designada por reator ou estator. Um dispositivo de engate<br />

de um só sentido fixa o reator ao cárter da caixa de câmbio<br />

quando o número de rotações é baixo.<br />

Numa embreagem hidráulica, o óleo procedente da turbina<br />

tem tendência a diminuir a velocidade da bomba. No<br />

conversor, porém, as pás do reator, quando este está<br />

engatado, dirigem o óleo segundo uma trajetória mais<br />

favorável.<br />

Durante o arranque, o conversor chega a duplicar o torque<br />

aplicado à caixa de câmbio. À medida que o motor aumenta<br />

de velocidade, este aumento de 2:1 do torque vai sendo<br />

reduzido até que, à velocidade de cruzeiro, não se verifica<br />

qualquer aumento. O óleo faz então girar o reator à mesma<br />

velocidade da turbina, passando o conversor a atuar como<br />

uma embreagem hidráulica, com o reator girando como “roda<br />

livre” e sem qualquer efeito de aumento de torque. Nem a<br />

embreagem hidráulica e nem o conversor podem ser<br />

115

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!