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BIBLIA MECANICA AUTOMOTIVA

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A temperatura num motor é bastante variável. O motor deverá arrancar com<br />

temperaturas abaixo do ponto de congelamento; contudo, a temperatura ideal do<br />

cárter, durante o funcionamento do motor, é de cerca de 82ºC., temperatura essa<br />

que permite a vaporização da umidade que se forma durante a combustão. A<br />

temperatura nos mancais do virabrequim e nas bronzinas das bielas deverá exceder<br />

em 10ºC. a do cárter enquanto a dos segmentos dos pistões, acelerando a fundo,<br />

poderá atingir 230ºC .<br />

A viscosidade de um óleo é identificada pelo seu número SAE, designação que<br />

deriva do nome da sociedade americana Society of Automotive Engineers, que<br />

estabeleceu as normas de viscosidade. Os números SAE 20, 30, 40 e 50 indicam<br />

que a viscosidade do óleo se mantém dentro de certos limites a temperaturas de<br />

99ºC. Os números SAE 5W, 10W e 20W indicam que viscosidade se mantém dentro<br />

de limites determinados à temperatura de 18ºC. Estes números apenas especificam<br />

a viscosidade, não se referindo a outras características; quanto mais baixo for o<br />

número SAE, mais fluido será o óleo.<br />

Um óleo multigrade tem um índice de viscosidade elevado, ou seja, a sua<br />

viscosidade altera-se pouco com a temperatura. Poderá ter; por exemplo, uma<br />

especificação SAE 10W/30 ou 20W/50. Um óleo multigrade tem a vantagem de<br />

permitir um arranque mais fácil em tempo frio, pôr ser muito fluido a baixa<br />

temperatura mantendo, contudo, as suas qualidades de lubrificação a elevadas<br />

temperaturas.<br />

Aditivos detergentes e dispersantes – Alguns produtos parcialmente queimados<br />

conseguem passar pelos segmentos dos pistões e chegar até o cárter. Estes<br />

produtos incluem ácidos, alcatrões e materiais carbonizados que devem ser<br />

absorvidos pelo óleo e mantidos em suspensão. Se não forem absorvidos, esses<br />

produtos formam depósitos nas caixas dos segmentos dos pistões e nas passagens<br />

de óleo, obstruindo a circulação do óleo e originando engripamento dos anéis dos<br />

pistões.<br />

Um óleo que contenha aditivos dispersantes e detergentes manterá esses produtos<br />

em suspensão sempre que as dimensões destes forem suficientemente reduzidas,<br />

isto é, quase moleculares. Na ausência destes aditivos, esses produtos coagulam,<br />

formando uma espécie de lama ou qualquer outro depósito.<br />

Mudanças de óleo – É conveniente respeitar os prazos recomendados pelos<br />

fabricantes dos automóveis para substituição do óleo. Esses períodos deverão<br />

mesmo ser encurtados para três ou quatro meses, se o automóvel for somente<br />

utilizado em pequenos trajetos.<br />

A razão para maior freqüência da mudança de óleo, neste caso, reside no fato de<br />

quantidade de aditivos detergentes e dispersantes presente no óleo ser pequena e<br />

consumir-se com muito maior rapidez nas condições de repetidos arranques e<br />

paradas do que em percursos longos, em que o motor funciona a uma temperatura<br />

estável.<br />

Filtro de óleo<br />

Na maioria dos motores o óleo, antes de penetrar na bomba, atravessa um filtro de<br />

rede que retém a maioria das impurezas. No exterior do cárter encontra-se<br />

normalmente um filtro através do qual passa a totalidade do óleo. Como este filtro<br />

pode eventualmente ficar obstruído com acúmulo de impurezas, uma válvula de<br />

derivação nele existente abre-se quando a pressão, através do filtro, excede um<br />

determinado valor, normalmente 0,7 a 1,5 kg/cm2. Esta válvula também se abre<br />

quando o óleo está frio e, portanto, muito espesso.<br />

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