BIBLIA MECANICA AUTOMOTIVA
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Um motor elétrico contém eletroímãs - bobinas de fio enrolado em núcleos de ferro,<br />
as bobinas indutoras. A eletricidade, ao passar através de cada bobina, magnetiza o<br />
núcleo, formando um campo magnético com pólos norte e sul. Um motor de<br />
arranque compõe-se de um conjunto fixo de bobinas, geralmente quatro, dispostas<br />
no interior do corpo do motor. Entre elas pode girar livremente o induzido, que é<br />
constituído por uma série de bobinas, cada uma unida a um par de lâminas de<br />
cobre isoladas, que formam o coletor do induzido. Quando a corrente passa através<br />
da bobina do induzido, esta comporta-se como um imã.<br />
A corrente passa através de escovas fixas – que estão em contato com o coletor –<br />
para uma bobina do induzido. A atração e a repulsão entre os campos magnéticos<br />
das bobinas indutoras e as bobinas do induzido faz girar este último.<br />
Assim que o coletor começa a girar, as escovas fazem contato com o par seguinte<br />
de lâminas de cobre, ligadas a outra bobina do induzido que resulta a continuação<br />
do movimento. Este processo repete-se ininterruptamente enquanto cada par de<br />
lâminas do coletor fizer contato com as escovas. Desta forma, o induzido continua a<br />
girar, enquanto as escovas transmitirem corrente a cada bobina do induzido.<br />
O motor de arranque não necessita de quaisquer dispositivos de comando; a<br />
mesma ligação alimenta o induzido e os enrolamentos das indutoras (armadura) e<br />
encontra-se instalada de tal maneira que retira da bateria exatamente a corrente<br />
necessária para fazer girar o motor.<br />
Assim que o motor começa a funcionar, o pinhão do motor de arranque deve ser<br />
desengatado do volante do motor que pôs em movimento. Para este efeito, o<br />
pinhão é montado com bastante folga num eixo com rosca de fita e move-se<br />
livremente ao longo deste.<br />
Quando o eixo começa a girar, a inércia do pinhão (a sua resistência ao<br />
movimento) faz girar mais lentamente que o eixo. Em conseqüência, o pinhão<br />
desloca-se ao longo do eixo roscando e engata nos dentes da cremalheira do<br />
volante. Uma vez engatado, faz girar o volante que, pelo fato de estar fixado por<br />
parafusos ao virabrequim, põe o motor em funcionamento.<br />
Quando o motor do veículo começa a funcionar por si próprio, a cremalheira do<br />
volante do volante passa a acionar o pinhão, em vez de ser acionada por este.<br />
Quando a velocidade transmitida ao pinhão exceder a do eixo do motor de<br />
arranque, o pinhão volta a enroscar-se no eixo.<br />
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