BIBLIA MECANICA AUTOMOTIVA
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otação máxima seja de 6 000 RPM o dínamo terá de dispor de uma polia de<br />
razoáveis dimensões; contudo, um gerador que rode a menos de 1 200 RPM não<br />
produz corrente suficiente para carregar a bateria; assim, quando o motor funciona<br />
em marcha lenta, a 600 r. p. m., por exemplo, a bateria não pode ser carregada<br />
por um dínamo.<br />
Em contrapartida, um alternador não apresenta grandes problemas de<br />
arrefecimento, já que os seus enrolamentos geradores são fixos. Pode ser calculado<br />
para debitar mais de 45 A, dado que o seu rotor pode girar a mais de 12 000 RPM.<br />
Assim, quando o motor o motor funciona em marcha lenta, o alternador,<br />
comandado por uma polia de menores dimensões que a do motor, gira a 1 200 RPM<br />
– velocidade suficiente para carregar a bateria.<br />
Como o dínamo gera corrente – O dínamo consiste numa carcaça no interior da<br />
qual se encontram dois eletroímãs fixos, diametralmente opostos, conhecidos por<br />
indutores, formados cada um por uma massa polar e uma bobina indutora. Entre os<br />
eletroímãs situa-se o induzido que geralmente contém 28 bobinas independentes.<br />
As extremidades de cada bobina estão ligadas a lâminas de cobre que constitui o<br />
coletor. O induzido está montado sobre rolamentos e casquilhos e é acionado pela<br />
correia da ventoinha. Duas escovas de carvão fixas diametralmente estão<br />
continuamente em contato com o coletor.<br />
Quando a corrente passa através dos enrolamentos das bobinas indutoras cria-se<br />
um campo magnético. Quando o induzido gira neste campo magnético, gera-se<br />
uma corrente nos enrolamentos do induzido. Esta corrente deixa cada bobina<br />
através do coletor e das escovas de carvão em contato com este. Uma escova<br />
recebe sempre uma corrente negativa, enquanto a outra recebe corrente positiva,<br />
pelo que a corrente gerada é contínua.<br />
Quando o dínamo está a carregando uma bateria fraca ou quando estão ligados os<br />
faróis e outros elementos de grande consumo elétrico, pode ser necessário mais de<br />
0,5 HP para fazer girar o induzido à velocidade exigida. Se a correia do ventilador<br />
estiver frouxa, patinará. Em conseqüência, o dínamo deixa de gerar a corrente<br />
necessária, pelo que a bateria perderá gradualmente a sua carga.<br />
Faróis<br />
Para além das luzes de presença (as lanternas) – brancas à frente e vermelhas à<br />
trás – todos os automóveis devem ter duas luzes de intensidade máxima (os faróis<br />
altos), com um alcance mínimo e outras duas de intensidade média (os faróis<br />
baixos), com um alcance máximo de 30 m. , e dirigidas para o solo. São também<br />
obrigatórias por lei as luzes de mudanças de direção (pisca pisca). Os automóveis<br />
devem ainda apresentar dois refletores vermelhos de substância catadiótrica<br />
(refletores), que assinalam a presença do automóvel, de noite, com as luzes<br />
apagadas.<br />
Hoje em dia, filamentos independentes, existentes numa única lâmpada em cada<br />
farol, emitem a luz de faróis altos e de baixos. Num sistema de quatro faróis os<br />
dois faróis adicionais são geralmente de longo alcance e apagam-se quando se<br />
aciona o interruptor dos faróis baixos. Todos os faróis têm a possibilidade de<br />
regulagem para modificar o feixe luminoso.<br />
A fonte luminosa consiste geralmente num filamento de tungstênio alojado quer<br />
numa ampola, quer num farol selado (conjunto óptico, ou óptica). O feixe luminoso<br />
é modificado por refletor e por prismas existentes no vidro do farol.<br />
No caso de filamentos duplos, o dos faróis alto está geralmente localizado no foco<br />
do refletor para se obter um feixe luminoso paralelo na faixa de rodagem e<br />
apontado para frente. O filamento dos faróis baixos encontra-se quer fora do<br />
centro, quer parcialmente oculto, de forma a ser usado apenas a metade do refletor<br />
e assim emitir um feixe luminoso voltado para baixo e mais amplo.<br />
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