BIBLIA MECANICA AUTOMOTIVA
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
deforma em contato com o óleo, a graxa lubrificante, a gasolina ou outros produtos<br />
derivados do petróleo, não devem ser colocadas em contato com os vedadores de<br />
borracha natural dos sistemas hidráulicos. O óleo dos freios também deve estar<br />
isento de água.<br />
A maioria dos fabricantes utiliza um fluído que está de acordo com as normas<br />
ditadas pela sociedade americana S. A. E. (Society of Automotive Engineers). Estas<br />
exigem que o óleo permaneça quimicamente estável a altas temperaturas, tenha<br />
um ponto de ebulição elevado e não ataque nenhuma peça de borracha ou metálica<br />
do sistema. Os manuais de instruções dos veículos indicam o fluído que deve ser<br />
utilizado.<br />
As classificações dot diferenciam o ponto de ebulição do fluído, podendo este<br />
eboluir dependendo da umidade:<br />
· Dot 3 284 a 401o. C<br />
· Dot 4 324 a 414o. C<br />
· Dot 5 324 a 468o. C<br />
Outro cuidado que deve ser tomado em relação ao fluído, é quanto à troca que<br />
deverá ser feita uma vez por ano, já que este absorve a umidade do ar<br />
espontaneamente, contaminando o fluído. Alguns veículos também têm uma bóia<br />
no reservatório de fluído de freio que faz acender uma luz no painel quando o nível<br />
está muito baixo.<br />
Tambor<br />
Um freio de tambor consiste num tambor de ferro fundido contendo um par de<br />
sapatas semi circulares. O tambor está ligado à roda e gira solidário com esta de tal<br />
modo que, quando o tambor diminui de velocidade ou pára, o mesmo acontece à<br />
roda. O atrito necessário para reduzir a velocidade do tambor provém da aplicação,<br />
pelo lado de dentro, de sapatas, que não rodam mas estão montadas num prato<br />
metálico fixo. Cada sapata é constituída por uma peça curva de aço ou liga metálica<br />
leve coberta por um revestimento ou guarnição resistente ao desgaste (lona).<br />
Na maioria dos freios de tambor, as sapatas são pressionadas de encontro ao<br />
tambor de rotação, graças a um dispositivo articulado. Uma das extremidades de<br />
cada sapata está articulada num eixo, enquanto a outra pode ser movida por um<br />
excêntrico ou pelo fluído de freios impelido sob pressão para o interior dos cilindros<br />
do freio da roda e proveniente do cilindro mestre. Num dos sistemas hidráulicos, o<br />
cilindro da roda está fixo ao prato do freio e contém dois pistões que acionam as<br />
sapatas. Como alternativa, utiliza-se um só pistão no cilindro que pode mover-se<br />
no prato do freio. Quando os freios são aplicados, a pressão do fluído atua<br />
uniformemente sobre o pistão e a extremidade fechada do cilindro, obrigando estes<br />
a separarem-se. Por sua vez, estas peças afastam as sapatas, de modo que as<br />
lonas se encostem no tambor.<br />
Molas de retorno, de chamada ou de recuperação, que se distendem quando as<br />
sapatas estão separadas, obrigam estas a retornar à sua posição original,<br />
afastando-se do tambor ao cessar a pressão exercida pelo motorista sobre o pedal<br />
dos freios.<br />
Quando duas sapatas têm o mesmo eixo de articulação, uma recebe a designação<br />
de primária e a outra de secundária. Outra disposição consiste em articular sapatas<br />
separadamente em pontos opostos do prato do freio. Neste caso, atuam ambas<br />
como sapatas primárias quando o automóvel se desloca para frente.<br />
A pressão de contato entre a sapata primária e o tambor tende a ser aumentada,<br />
em virtude do atrito exercido pelo tambor em rotação, o que aumenta a força de<br />
frenagem na roda. Uma sapata secundária, como tende a ser afastada do tambor,<br />
136